Previsão de alta do IPCA em 2021 sobe de 6,56% para 6,79%

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Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano pela décima-sétima vez seguida, passando de 6,56% para 6,79%. Há um mês, a projeção era de +6,07%. Para 2022, a projeção oscilou em alta pela segunda semana seguida, passando de 3,80% para 3,81%. Para 2023 a projeção foi mantida em 3,25% pela 55ª semana consecutiva, enquanto para 2024 a estimativa manteve-se em 3%.

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela 17ª vez seguida, passando de 6,67% para 6,88%, de 6,10% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

PIB – Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela 15ª semana seguida, de 5,29% para 5,30%, de 5,18% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico não teve alteração, permanecendo em 2,10% pela segunda semana seguida, enquanto para 2023 e 2024 permaneceu em 2,50%, cada, há 126 e 73 semanas, nesta ordem.

Taxa Selic – No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao final deste ano seguiu em 7,00%, de 6,50% há quatro semanas. Para 2022 a previsão ficou em 7,00% pela terceira semana seguida, enquanto para 2023 e 2024, as previsões para o juro básico também foram mantidas em 6,50% cada, há 18 e 14 semanas, respectivamente.

Taxa de câmbio – Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 foi elevada a R$ 5,10, de R$ 5,09 há uma semana e R$ 5,04 há um mês, enquanto para 2022 permaneceu em R$ 5,20 pela sétima semana. Para 2023 e 2024, a cotação do dólar em relação ao real se manteve em R$ 5,00, pela terceira e sétima semanas seguidas, respectivamente.

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 para US$ 70,37 bilhões, de US$ 69,70 bilhões uma semana antes, de acordo com o relatório de mercado Focus.

Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo subiu de US$ 61 bilhões para US$ 63,5 bilhões. Para 2023 as previsões passaram de US$ 60 bilhões para US$ 60,85 bilhões. Já para 2024, a projeção permaneceu estável em US$ 60 bilhões.

Saldo em conta corrente – Já em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 caiu de US$ 250 milhões a zero; para 2022, a previsão permaneceu em -US$ 14,30 bilhões; para 2023, a projeção passou -US$ 21 bilhões para -US$ 22 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 27 bilhões para -US$ 29,5 bilhões.

Investimento estrangeiro – Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) em 2021 oscilou em alta, a US$ 53,75 bilhões, de US$ 53,5 bilhões na semana anterior. Para 2022, 2023 e 2024, as estimativas foram mantidas em US$ 67,5 bilhões, US$ 72 bilhões e US$ 78 bilhões, respectivamente.