Previsão de alta do IPCA em 2021 sobe de 5,04% para 5,06%

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Foto: PhotoMIX Company / Pexels

Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano pela quinta vez seguida, passando de 5,04% para 5,06%. Há um mês, a projeção era de +4,85%. Para os demais anos, a projeção foi mantida, ficando em 3,61% para 2022; e em 3,25% para 2023 e 2024, cada, há 42 e 14 semanas.

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela terceira vez seguida, passando de 4,04% para 4,06%, de 3,89% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela terceira semana seguida, de 3,14% para 3,21%, de 3,08% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico oscilou em alta, passando de 2,31% para 2,33%, enquanto para 2023 e 2024 permaneceu em 2,50%, cada, há 114 e 61 semanas, nesta ordem. 

No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao final deste ano seguiu em 5,50% pela segunda vez consecutiva, de 5,25% há quatro semanas. Para 2022, também houve manutenção da estimativa, ficando em 6,25%, de 6,00% um mês atrás, assim como para 2023 e 2024, com a previsão para o juro básico sendo mantida em 6,50%, cada, há seis e duas semanas, respectivamente.

Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 caiu de R$ 5,40 para R$ 5,35, após duas semanas de estabilidade, enquanto para 2022 ficou em R$ 5,40. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 5,20, de R$ 5,00 um mês atrás. Por fim, para 2024, o mercado elevou a projeção para o câmbio, de R$ 5,08 para R$ 5,10. 

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 64 bilhões, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas, de acordo com o relatório de mercado Focus.

Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi cortada depois de seis altas seguidas, a US$ 55,02 bilhões, de US$ 56,50 bilhões na semana passada. Já para 2023 a previsão foi mantida em US$ 55,45 bilhões. Para 2024, a previsão de superávit comercial passou de US$ 57 bilhões para US$ 55 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de -US$ 5 bilhões para -US$ 1,8 bilhão; para 2022, a previsão manteve-se em -US$ 20,3 bilhões; para 2023, a projeção permaneceu em -US$ 30 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes ficou em -US$ 38,70 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) em 2021 oscilou em alta para US$ 55,01 bilhões, depois de seis semanas em US$ 55 bilhões. Para 2022, a projeção subiu de US$ 61 bilhões para US$ 63,5 bilhões. Em relação a 2023, a projeção foi elevada para US$ 66 bilhões, de US$ 65 bilhões uma semana antes, enquanto para 2024 subiu de US$ 65 bilhões para US$ 67 bilhões.