Presidente da Eletrobras não vê risco de reestatização por alto custo aos cofres públicos

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Foto Divulgação/ Eletrobras

São Paulo – O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, não está preocupado com o risco de reestatização da companhia após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), devido ao alto custo para os cofres públicos, segundo relatório do BTG Pactual divulgado na quarta-feira (16/11).

Num encontro com analistas do banco de investimentos, o CEO avaliou que a “poison pill” de 200% prevê que o governo (ou qualquer outro acionista) que queira comprar uma participação majoritária (50+1%) custaria R$ 300 bilhões e, no seu entendimento, isso protege a empresa do risco de reversão do processo.

A análise também destaca as sete metas a serem cumpridas pela companhia até 2023, apresentadas na teleconferência de resultados do terceiro trimestre da semana passada: tornar-se a empresa mais eficiente tanto na geração e transmissão; reduzir seu custo de capital; reduzir passivos contingentes; tornar-se a número 1 em emissões e indicadores sociais e de governança reduzir ainda mais as SPEs; alienar participações minoritárias não estratégicas; e melhorar os indicadores de qualidade e segurança.

O fim do regime de cotas significa que a Eletrobras terá 7,5 GW médios para vender nos próximos cinco anos e a executivo disse que planeja criar uma estrutura comercial no nível da holding para centralizar a estratégia e coordenar todas as atividades, recebendo uma remuneração da subsidiária por esses serviços, semelhante ao que à companhia faz na Cemig. Segundo o BTG, a empresa está de olho na abertura do mercado livre e está se preparando para atender essa frente.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para a ação ELET3, com preço-alvo de R$ 63,00.