Prejuízo líquido da Braskem recua 45% no 2° trimestre

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Foto: Divulgação/Braskem

São Paulo, SP – A Braskem divulgou ontem (8) o balanço do segundo trimestre de 2023, com prejuízo líquido de R$ 771 milhões, reduzindo em 45% o prejuízo de R$ 1,406 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, prejuízo líquido atribuível aos acionistas foi de US$ 121 milhões, ou R$ 586 milhões.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente total no trimestre foi de R$ 703 milhões, queda de 82% na comparação anual, com margem Ebitda recuando 11 pontos percentuais, para 4%.

Segundo a companhia, o resultado é reflexo, principalmente, da redução do spread no mercado internacional de 48% no PE, de 7% no PP e de 50% no PVC no segmento Brasil, de 63% no PP nos Estados Unidos e de 28% no PP na Europa, e de 27% no PE no México; e da redução de 13% no volume de vendas totais de resinas e de 16% no volume de vendas de principais químicos no mercado brasileiro no segmento Brasil. Estes efeitos foram compensados parcialmente pelo aumento de 62% no volume exportado de principais químicos no segmento Brasil, de 2% no volume de vendas de PP nos Estados Unidos e Europa e de 13% no volume de vendas de PE no México.

A receita líquida somou R$ 17,7 bilhões, queda de 30% na comparação com o mesmo período de 2022.

No trimestre, a companhia apresentou uma variação positiva de capital de giro em R$ 1 bilhão explicada pela redução no giro de dias a receber; pela redução de 15% na média dos preços das matérias-primas no mercado internacional e de 8% na média dos preços de produto acabado em Estoques; e pela gestão de fornecedores com o aumento no giro de dias a pagar. Este efeito positivo foi compensado pelos pagamentos de juros referentes aos títulos de dívida no mercado internacional, pelos investimentos operacionais e estratégicos realizados no período e pelo pagamento de IR/CSLL devido no trimestre, o que resultou em um consumo de caixa no período de R$ 27 milhões. Adicionando os pagamentos referentes ao evento geológico de Alagoas, a companhia apresentou u m consumo de caixa de R$ 655 milhões.

O lucro bruto foi de R$ 459 milhões, recuou de 89% em relação ao segundo trimestre de 2022.

A companhia registrou uma despesa líquida total de R$ 928 milhões devido, principalmente, a atualização da provisão contábil relacionada ao evento geológico de Alagoas referente ao Termo de Acordo Global celebrado com o Município de Maceió.

O saldo da dívida bruta corporativa fechou em US$ 8,9 bilhões, sendo 95% dos vencimentos concentrados no longo prazo e 5% no curto prazo. Em relação a dívida líquida, o saldo no final do segundo trimestre era de US$ 4,6 bilhões e se manteve estável quando comparado com o primeiro trimestre. A dívida corporativa em moeda estrangeira representava, no final do trimestre, 86% da dívida total da companhia. Em 30 de junho de 2023, o prazo médio do endividamento corporativo era de cerca de 12,7 anos, sendo 57% das dívidas concentradas após 2030. O custo médio ponderado da dívida corporativa da companhia era de variação cambial +6,0% a.a.

O patamar de liquidez de US$ 2,9 bilhões, em junho de 2023, garante a cobertura dos vencimentos de dívida nos próximos 74 meses e não considera a linha de crédito rotativo
internacional disponível no valor de US$ 1 bilhão, com vencimento em 2026. Segundo a companhia, o patamar de liquidez de US$ 2,9 bilhões, em junho de 2023, garante a
cobertura dos vencimentos de dívida nos próximos 74 meses e não considera a linha de crédito rotativo internacional disponível no valor de US$ 1 bilhão, com vencimento em 2026.

O volume de vendas de resinas no mercado brasileiro recuou 11% em relação ao primeiro trimestre, em linha com a redução do mercado brasileiro de resinas, em função da menor demanda de PE, PP e PVC, principalmente, dos setores de embalagens, eletrodomésticos e materiais hospitalares. Em relação ao segundo trimestre de 2022, o volume de vendas de resinas no mercado brasileiro recuou 10% devido ao aumento do volume importado de PE, PP e PVC no período.

As exportações reduziram em comparação ao 1T23 (-20%) e ao 2T22 (-26%) em função de menores oportunidades no mercado internacional dados os estoques elevados na cadeia
global como consequência da menor demanda no período.

O volume de vendas dos principais químicos no mercado brasileiro recuou 13% na comparação com o primeiro trimestre, e 16% em relação ao segundo trimestre de 2022, principalmente, em função do menor volume de vendas de eteno e benzeno dada a menor demanda por derivados desses produtos; e de gasolina devido a menor disponibilidade de produto para venda. As exportações aumentaram 36% em relação ao primeiro trimestre de 2023 e 62% em comparação ao segundo trimestre de 2022 em função, principalmente, das melhores oportunidades comerciais no mercado internacional.