Preços de aluguel de imóveis residenciais sobem 1,30% em agosto

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Águas Claras, Brasília / Foto: Andre Borges/Agência Brasília.

São Paulo, SP – Os preços de aluguel de imóveis residenciais em agosto subiram 1,30%, desacelerando frente às variações observadas nos quatro meses anteriores: abril (+1,84%), maio (+1,70%), junho (+1,58%) e julho (+1,37%), de acordo com o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial.

Comparativamente, a variação média do aluguel residencial superou o resultado mensal dos principais índices de preço, que registraram deflação: IPCA/IBGE (-0,36%) e IGP-M/FGV (-0,70%). No rol das 25 cidades monitoradas, apenas três apresentaram recuo no valor do aluguel: Joinville (-0,76%), São José (-1,70%) e Salvador (-0,30%). Considerando as demais capitais monitoradas onde os preços de locação avançaram em agosto, as variações registradas pelo Indice FipeZAP+ foram as seguintes: Fortaleza (+3,17%); Goiânia (+2,26%); Florianópolis (+2,26%) Brasília (+2,07%); Curitiba (+1,96%); Belo Horizonte (+1,33%); São Paulo (+1,18%); Rio de Janeiro (+1,18%); Porto Alegre (+0,98%) e Recife (+0,97%).

Até agosto, o índice acumulou uma alta de 12,42%, variação que supera a inflação calculada pelo IPCA/IBGE (+4,39%) e pelo IGP-M/FGV (+7,63%) nesse mesmo intervalo temporal. Entre as 25 cidades monitoradas pelo índice, 24 registraram elevação nominal de preços de locação residencial, incluindo todas as 11 capitais supracitadas: Florianópolis (+24,24%); Goiânia (+23,60%); Fortaleza (+21,39%); Curitiba (+17,58%); Belo Horizonte (+15,59%); Salvador (+15,44%) Rio de Janeiro (+13,73%); Recife (+13,48%); São Paulo (+10,91%); Brasília (+5,99%); e Porto Alegre (+4,98%).

Considerando os resultados mensais dos últimos 12 meses encerrados em agosto de 2022, temos uma alta nominal de 15,31%, variação superior à inflação acumulada pelo IPCA/IBGE (+8,73%) e pelo IGP-M/FGV (+8,59%). Considerando esse horizonte temporal, todas as 25 cidades monitoradas pelo índice registraram elevação nominal dos preços em suas respectivas localidades, destacando as variações nas capitais envolvidas na cesta do índice: Florianópolis (+31,85%) Fortaleza (+28,01%); Goiânia (+25,68%); Curitiba (+23,85%); Belo Horizonte (+19,51%); Recife (+18,26%); Rio de Janeiro (+16,36%) e Salvador (+16,21%); São Paulo (+12,53%); Brasília (+7,23%) e Porto Alegre (+7,08%).

Com base em dados de 25 cidades monitoradas, o preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi de R$ 35,37/m em agosto de 2022. Restringindo-se a comparação para as 11 capitais supracitadas, São Paulo apresentou o preço médio de locação residencial mais elevado no último período (R$ 44,03/m), seguida pelos valores médios do aluguel em: Recife (R$ 40,40/m), Florianópolis (R$ 36,93/m), Rio de Janeiro (R$ 36,44/m) e Brasília (R$ 36,04/m). Já as capitais com menor valor de locação residencial, segundo os dados da última apuração mensal, incluíram as seguintes: Fortaleza (R$ 23,06/m), Goiânia (R$ 24,26/m), Porto Alegre (R$ 26,15/m) e Curitiba (R$ 27,98/m) .

A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel. Na prática, o indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a alternativas de investimentos disponíveis.

Com base nos resultados de agosto, o retorno médio do aluguel residencial foi apurado em 5,05% ao ano percentual inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Entre as capitais monitoradas, as taxas mais elevadas foram observadas em Recife (6,95% a.a.), Salvador (5,97% a.a.) e São Paulo (5,31% a.a.).