Pompeo endurece tom e convoca países a parar totalitarismo chinês

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O ex-secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em coletiva / Foto: Departamento de Estado norte-americano

São Paulo – Em mais um discurso duro sobre a China, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu que a comunidade internacional ajude a alterar o curso do Partido Comunista e a devolver o poder para o povo chinês. Ele defendeu a posição do governo de Donald Trump e as medidas adotadas para conter o que chamou de supremacia chinesa.

“A comunidade internacional tem capacidade para mudar a direção da China. Os Estados Unidos querem se juntar a outros países para devolver o poder ao povo chinês. Chegou a hora de cada país defender a prosperidade, a democracia e a liberdade”, afirmou ele.

Falando na Biblioteca e Museu Presidencial Richard Nixon, o secretário norte-americano não poupou críticas à China, ao Partido Comunista e ao líder chinês, Xi Jinping, a quem classificou como um “verdadeiro defensor de uma ideologia totalitária que levará o mundo à falência”.

“A China está mais agressiva e mais autoritária do que nunca e a única maneira de mudar a China é mudando o comportamento de seus líderes”, disse Pompeo em pedir explicitamente a mudança de regime no país.

O secretário norte-americano citou episódios que levaram à recente escalada de tensão entre Washington e Pequim como o novo coronavírus, que surgiu inicialmente na cidade chinesa de Wuhan em dezembro do ano passado; o banimento da Huawei Technologies das redes 5G do país; as sanções adotadas em resposta à lei de segurança nacional imposta a Hong Kong e a introdução de normais mais rígidas para estudantes chineses nos Estados Unidos.

“Está claro que a Huawei é uma ameaça à segurança de qualquer país e que os estudantes que vêm aos Estados Unidos, em sua maioria, não estão aqui apenas para estudar, mas para roubar nossa propriedade intelectual”, afirmou.

“Olhem para o vírus e o que está acontecendo com o mundo. Chegou a hora de pararmos a China e o governo do presidente [Donald] Trump está comprometido com isso até o final”, acrescentou Pompeo, reforçando que o governo norte-americano defende o diálogo, o equilíbrio e a justiça nas relações.

A retórica usada por Pompeo tem sido acompanhada por um aumento na pressão do governo dos Estados Unidos sobre Pequim – de sanções a exercícios e acusações militares -, à medida que as relações entre as duas maiores economias do mundo entram em colapso.