Petrobras aumenta preço da gasolina em 3,5% a partir de amanhã

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Foto: Divulgação / Petrobras

São Paulo – A Petrobras aumentará o preço médio da gasolina nas refinarias em 3,5%, para R$ 2,78 o litro a partir de amanhã (12). O reajuste é de 0,09 por litro e buscar acompanhar a elevação nos patamares internacionais de preços e garantir que o mercado siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento, segundo a estatal.

A contribuição do preço da Petrobras para o preço na bomba passará a ser de R$ 2,03 por litro em média, referente à mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro, acrescentou a empresa.

“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais; custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro; além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores. Assim, os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Segundo dados da ANP, o preço praticado pela Petrobras corresponde a cerca de um terço do preço nas bombas”, disse a empresa, em nota.

A empresa também reforçou seu posicionamento de buscar evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais e disse que os preços praticados “seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo.”

O último reajuste anunciado pela companhia foi em 5 de julho, válidos a partir do dia 6, quando aumentou o preço médio da gasolina nas refinarias em 6,32%, para R$ 2,69 o litro, enquanto o preço médio do diesel subiu 3,69% a R$ 2,81 o litro, e elevou em 5,8% (R$ 0,20) por quilograma o preço médio de venda de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, para as distribuidoras para R$ 3,60 por quilograma (kg).

DEFASAGEM

Mesmo após a Petrobras ter anunciado hoje a elevação de 3,5% do preço da gasolina nas refinarias, a Ativa Investimentos ainda avalia que há defasagem em relação a preços internacionais e que há espaço potencial de nova elevação de até 13% por parte da estatal.

“Estimamos que ainda exista espaço potencial de nova elevação de até 13% por parte da Petrobras no curto prazo, contudo, antes do reajuste, o potencial era ainda maior (17%). Vale mencionar que a defasagem informada diz respeito ao nosso modelo mais assertivo quando a dinâmica de alterações era ainda mais frequente, mas, no momento, outros modelos já indicam defasagem menor”, disse o economista da Ativa, Guilherme Sousa, em relatório.

Segundo o economista, a elevação anunciada hoje segue em linha com suas estimativas, sendo que já esperava que a Petrobras mitigaria a defasagem de forma fracionada.

Já sobre o impacto no Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão é que o reajuste afetaria as bombas apenas no final terceiro decêndio de agosto, com impacto proporcional no IPCA de agosto e integral a partir de setembro.

“Após incorporação em nossos modelos, estimamos que a contribuição da elevação da gasolina no IPCA de agosto é de +2 bps [pontos base] e em setembro +5bps”, estima ainda.