Petrobras antecipa produção da P-71 no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos

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Foto: Felipe Gaspar

São Paulo -A Petrobras colocou em operação, nesta quarta-feira, o navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. O início da produção foi antecipado, a previsão original era para 2023.

Do portfólio de plataformas próprias da Petrobras, a P-71 é do tipo FPSO (sistema flutuante, de produção, armazenamento e transferência) com capacidade para processar, diariamente, até 150 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás, além de armazenar até 1,6 milhão de barris de óleo.

Conseguimos antecipar a produção da plataforma P-71, que estava originalmente prevista para 2023. Vamos conseguir antecipar também o ramp-up (evolução da produção), o que é uma excelente notícia não só para a Petrobras como para o país, que receberá mais cedo os royalties desta produção, destaca o diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen.

Posicionada em profundidade de água de 2.010 metros, a P-71 será a única a produzir no campo de Itapu, operado integralmente pela Petrobras nos regimes de Cessão Onerosa e Partilha de Produção. A previsão da companhia é de que a unidade alcance sua capacidade máxima de produção em 2023.

Segundo a Petrobras, a P-71 é a sexta e última da série de plataformas replicantes operadas pela companhia.”Essas unidades são caracterizadas por um projeto de engenharia padronizado, alta capacidade de produção e tecnologias avançadas de operação e redução de emissões de gases de efeito estufa. Uma das tecnologias de baixo carbono da unidade é o chamado sistema de FGRU (Flare Gas Recovery Unity), que contribui para um maior aproveitamento do gás produzido e redução das emissões”, disse a empresa, em comunicado.

CIA PAGA REMUNERAÇÃO AOS ACIONISTAS E ATUALIZA OPERAÇÕES

Ontem (20/12), a Petrobras realizou o pagamento da primeira parcela da remuneração aos acionistas aprovada pelo conselho de administração, no valor bruto de R$ 1,67445 por ação ordinária e preferencial com base na posição acionária de 21 de novembro, sendo R$ 1,155823 por ação em dividendos e R$ 0,518627 por ação em juros sobre capital próprio (JCP).

A companhia também iniciou a fase não-vinculante referente à venda de 100% de sua participação acionária na sua subsidiária integral na Argentina Petrobras Operaciones S.A. (POSA) e detentora de participação de 33,6% no Campo de Rio Neuquén. Os potenciais compradores habilitados para essa fase receberão instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para elaboração e envio das propostas não vinculantes, além de acesso a um data-room virtual contendo informações adicionais. As principais etapas subsequentes do projeto serão informadas oportunamente ao mercado.

Ainda na noite desta terça-feira, a Petrobras finalizou a venda da totalidade de suas participações no conjunto de 11 concessões de campos terrestres de produção de óleo e gás, com instalações integradas, localizadas no estado de Sergipe, denominados conjuntamente de Polo Carmópolis, para a empresa Carmo Energy S.A.

O valor da venda é de US$ 1,1 bilhão, sendo que: US$ 275 milhões já foram pagos, a título de sinal, US$ 548 milhões pagos na data de hoje, fechamento da transação – já considerando os ajustes devidos -, e US$ 275 milhões em 12 meses.

O Polo Carmópolis inclui acesso à infraestrutura de processamento, escoamento, armazenamento e transporte de petróleo e gás natural e o Polo Atalaia, que contém, dentre outros ativos, o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo) e o Oleoduto Bonsucesso-Atalaia, que escoa a produção de óleo do Polo Carmópolis até o Tecarmo.

A produção média do Polo Carmópolis em novembro de 2022 foi de 4,5 mil barris de óleo por dia e de 22 mil m3/dia de gás. A partir desta data a Petrobras transfere a operação dos campos para a Carmo Energy.

Com Camila Brunelli / Agência CMA.