O que foi destaque na pesquisa Focus desta semana

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Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 3,70% para 3,75% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 4,50% para 4,51%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu de 4,24% para 4,27%.
Para 2022, as instituições financeiras elevaram de 6,45% para 6,59% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A previsão de inflação nos preços administrados em 2022 aumentou de 5,61% para 5,80%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M subiu de 9,99% para 10,50%.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus reduziram de 1,43% para 1,30% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2022 aumentou de 0,49% para 0,50%.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 8,75% para 9,00% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023.
Para 2022, a estimativa para a taxa Selic subiu de 12,75% para 13,00%. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2022 estava em 12,25%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2023 aumentou de R$ 5,21 para R$ 5,22 por dólar, enquanto a estimativa para 2022 manteve-se em R$ 5,30 por dólar. Há quatro semanas, a previsão para 2023 era de R$ 5,36, enquanto a previsão para 2022 estava em R$ 5,50.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram a previsão de superávit comercial em 2023 em US$ 51,00 bilhões, mesmo valor observado na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 33,70 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 33,37 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 aumentou para US$ 69,50 bilhões, comparada à projeção de US$ 69,18 bilhões da semana passada.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram a previsão de déficit primário em 2023 em 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros. A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,15% do PIB, superior ao saldo negativo de 7,10% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2023 diminuiu para 63,55% do PIB, comparada à projeção de 64,00% do PIB da semana passada. Para 2022, as instituições reduziram a previsão de déficit primário para 0,50% do PIB, de 0,70% na semana passada. A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 7,55% do PIB, inferior ao saldo negativo de 8,00% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2022 diminuiu para 60,30% do PIB, comparada à projeção de 60,50% do PIB da semana passada.