Novo arcabouço fiscal permitirá ao Banco Central baixar a taxa Selic, estima Abrainc

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Foto divulgação: USP Imagens

São Paulo – A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) entende como “uma medida necessária e urgente” a implantação do novo arcabouço fiscal, apresentado ontem (18/4) pelo governo federal, e que será discutido no Congresso Nacional. “A nova regra pode trazer equilíbrio às contas públicas no longo prazo e esta é uma condição essencial para que tenhamos juros baixos de forma sustentável e novos investimentos, garantindo a geração de empregos”, comentou a entidade.

E nota, a associação comenta que considera a atual taxa Selic, em 13,75%, “um grande entrave ao crescimento econômico do Brasil” e que acredita que, com a aprovação do arcabouço no Congresso, o Banco Central poderá iniciar um novo ciclo de redução nos juros. “Para o setor da construção, que representa 10% da força de trabalho, 9% da arrecadação de tributos e 7% do PIB brasileiro, os juros baixos são fundamentais para financiar projetos de longo prazo e garantir que os compradores de imóveis tenham mais acesso a moradia”, acrescentou.

“Pela regra proposta, o crescimento real das despesas públicas fica limitado a 70% da variação da receita. Dessa forma, o governo espera reverter o atual déficit primário de 0,5% do PIB para um superavit de 1% em 2026. O arcabouço também prevê gatilhos que limitam o crescimento das despesas em anos que a projeção de receitas é menor, por outro lado, garante que sejam realizados maiores investimentos em anos de maior crescimento. A medida traz, portanto, um maior equilíbrio as contas públicas no longo prazo.”