Mercado vê sinal amarelo com fim do processo de venda da Regap

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Foto: Divulgação / Petrobras

São Paulo, SP – A Petrobras anunciou na noite de ontem (17) que não dará seguimento, no momento, a venda da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais. Ao lado da Repar e Refap, a Regap fazia parte do rol de refinarias cuja venda foi acertada com o Cade.

Às 14h40, as ações ordinárias e preferenciais da companhia recuavam no Ibovespa. As ordinárias caiam 2,48%, a R$ 30,21, e as preferenciais, 2,98%, a R$ 26,34.

Segundo a companhia, houve propostas para o ativo, mas ficaram aquém da avaliação econômico-financeira. Petrobras informou ainda que a sua intenção é retornar o ativo ao seu processo de desinvestimento num futuro próximo.

Para a Ativa Investimentos, o novo arquivamento do processo é negativo para Petrobras, uma vez que mostra que o ambiente para alienação destes ativos continua não sendo o ideal, sobretudo diante das dúvidas que persistem sobre a precificação de derivados no país, além de levantar dúvidas sobre a continuidade dos processos de Repar e Refap.

“Acreditamos que a nova gestão da companhia poderá revisitar a ideia de alienar as refinarias que não forem adquiridas. É possível haver um novo posicionamento por parte do Cade no caso da companhia não cumprir com a venda das refinarias que havia se comprometido”, explicou a Ativa, que mantém a recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo de R$ 35.

A TradeMap disse que atitude da empresa demonstra uma gestão mais cautelosa quanto a novos acordos a um mês e meio da troca do governo.

“A Petrobras ainda irá contar com a Regap, que representa cerca de 5,7% de toda produção da Petrobras no Brasil entre óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural. Portanto, a refinaria, que é uma parte importante da empresa, deve continuar contribuindo com bons resultados pelo menos para o quarto trimestre”, concluiu a TradeMap.