MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa acelera os ganhos devido à alta nos preços das empresas de minério de ferro. “As siderúrgicas voltaram com toda a força e isso está levando o mercado ao bom humor”, comentou uma fonte.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,84%, aos 113.726,34 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 17,5 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava avanço de 0,74%, aos 113.835 pontos.

A Gerdau (GGBR4) está subindo mais de 4%, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) avança mais de 6% e a Usiminas (USIM5) sobe 5%. Outro fator positivo foi a intervenção do Banco Central no mercado de dólar.

Segundo a fonte o mercado já precificou a aprovação do pacote trilionário do Joe Biden de estímulo à economia nos Estados Unidos.

Os investidores seguem de olho na conclusão da votação da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados. A expectativa dos analistas é de que a proposta passe sem alterações e seja encaminhada para promulgação pelo presidente Jair Bolsonaro.

O dólar comercial tem queda firme frente ao real e exibe leves oscilações no nível de R$ 5,60 acompanhando o exterior mais positivo para as moedas de países emergentes e após o leilão de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – do Banco Central (BC), no qual colocou no mercado US$ 1,0 bilhão na primeira hora de negócios.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,64%, cotado a R$ 5,5620 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2021 apresentava recuo de 1,95%, cotado a R$ 5,567.

“O dólar acompanha o exterior, onde perde terreno para as divisas pares e da maioria de países emergentes e em respeito ao leilão de swap cambial do Banco Central”, comenta o diretor de uma corretora nacional.

A moeda norte-americana perde força em âmbito global em meio à aprovação do novo pacote fiscal de US$ 1,9 trilhões e com a acomodação do rendimento das taxas de juros futuros dos títulos de dívida do governo norte-americano, as treasuries, com o vencimento de 10 anos em alta ao redor de 1,53%. “A divulgação de dados da inflação norte-americana mais fracos do que o esperado ontem dão ímpeto ao movimento”, avalia o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti.

Ele acrescenta que na política local, o destaque segue com a votação da PEC Emergencial em segundo turno na Câmara dos Deputados, após a interrupção dos trabalhos na sessão da véspera. “Apesar das discussões colocarem o mercado na gangorra, a expectativa é de que a aprovação venha sem novas surpresas”, reforça. Ainda sobre a política, o diretor da Correparti, Ricardo Gomes, comenta que o “episódio Lula” não deverá ser “tema importante” no primeiro semestre e, na medida em que as eleições ainda estão longe, é difícil para o mercado operar o que poderá acontecer no futuro distante.

“Entretanto, o episódio deverá fazer com que o presidente Jair Bolsonaro deixe de lado a presunção de que é a ‘última cereja do bolo’ e passe a trabalhar pesado junto ao Congresso para destravar a agenda das reformas, alavancando o capital político de olho nas eleições de 2022. Deveremos acompanhar também uma mudança de postura de Bolsonaro, para menos conflituosa e mais racional, especialmente em relação às consequências da pandemia no país”, avalia.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam mistas hoje, sem uma direção clara para os negócios. Os vencimentos mais curtos sobem, repercutindo a pressão da aceleração do Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro sobre o Banco Central (BC) para que eleve a taxa básica de juro (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a semana que vem. Já os vértices mais longos recuam, acompanhando a queda do dólar em meio às persistentes intervenções do BC na taxa de câmbio com vistas a limitar a ação no juro agora em março.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,085%, de 4,050% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,895%, de 5,860%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,36%, de 7,39% ontem; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,91%, de 7,98%, na mesma comparação.