MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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Gráfico

São Paulo – O Ibovespa se recupera da forte queda de sexta-feira quando caiu mais de 5% com a saída o então ministro da Justiça, Sergio Moro. O ajuste de hoje vem em linha com uma agenda de indicadores mais fraca. Pelo lado negativo, a queda no preço do petróleo hoje está segurando uma alta que poderia ser ainda mais robusta dos papéis da Petrobras.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 3,53% aos 77.993,59 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 11,0 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho apresentava avanço de 2,01% aos 78.225 pontos.

“A saída do ministro [Sergio Mmoro] ainda se mostra como principal tema nas mídias. A agenda econômica de hoje é fraca, tendo apenas como destaque aqui a pesquisa Focus”, destacou em seu relatório nesta manhã o Pedro Galdi, analista de investimentos da Mirae Asset Corretora.

“O destaque negativo hoje é mais uma queda forte do preço do petróleo WTI, influenciado pela limitação de estocagem, redução da demanda global por conta do covid-19 e do excesso de oferta mundial desta commodity. As bolsas de valores mostram boa recuperação na abertura dos negócios nesta manhã”, acrescentou o especialista.

O dólar comercial opera volátil frente ao real após cair mais de 2% na abertura dos negócios em meio às notícias mais positivas no exterior, com a reabertura da economia em alguns países da Europa e em parte dos Estados Unidos, e com leilões do Banco Central (BC) ao longo da manhã. Já o contrato futuro tem correção após fechar abaixo de R$ 5,60 na sexta-feira, além de precificar uma forte saída de recursos do país.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,28%, sendo negociado a R$ 5,6770 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de 2020 apresentava avanço de 1,67%, cotado a R$ 5,679.

O diretor de câmbio de uma corretora nacional ressalta que o movimento da moeda local, mais uma vez, se descola do cenário externo após investidores e tesourarias de bancos “desmontarem parte das posições defensivas para realização de lucros” em meio ao otimismo com a reabertura de algumas economias na Europa e em alguns estados norte-americanos.

“Os investidores estrangeiros reforçam as saídas de capitais do país trazendo pressão ao dólar”, acrescenta.

Apesar de exibir viés positivo na abertura do pregão, o BC já atuou duas vezes no mercado cambial com a oferta de dólares no mercado à vista, com o total aceito de US$ 600,0 milhões de um lote mínimo ofertado de US$ 1,0 bilhão, enquanto colocou mais US$ 500,0 milhões na operação de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro.

Já o analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, destaca o preço do petróleo, que tem dia bastante negativo com o contrato futuro do barril tipo WTI caindo mais de 25%, influenciado pela limitação de estocagem, redução da demanda global em decorrência do novo coronavírus e, consequentemente, com o excesso de oferta mundial da commodity.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) têm queda acelerada, acompanhando a correção nos demais ativos locais, após as fortes perdas nos mercados domésticos na última sexta-feira, quando foi deflagrada uma nova crise política no governo, após a demissão de Sergio Moro. O sinal positivo vindo do exterior ajuda a dar ritmo aos negócios por aqui, mas as incertezas ainda pesam.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 3,005%, de 3,12% no ajuste anterior, na última sexta-feira; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,010%, de 4,10% ao final da semana passada, após ajustes; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,34%, de 5,58%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 7,18%, de 7,61%, na mesma comparação.