Magazine Luiza reverte prejuízo e tem lucro líquido no 3° trimestre

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Fachada de Loja do Magine Luiza

São Paulo, SP – O Magazine Luiza reverteu prejuízo de um ano antes para lucro líquido de R$ 331,2 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), que considera “ganhos líquidos
não recorrentes”. No mesmo período de 2022, a varejista registrou prejuízo de R$ 190,9 milhões, informou a varejista, em documento publicado na noite desta segunda-feira (13).

A companhia disse, em seu relatório, que, para melhor entendimento e comparabilidade com o 3T22, os resultados do 3T23 foram apresentados “em uma visão ajustada, desconsiderando as receitas e despesas não recorrentes”. Ela explica que, “em recente julgamento, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) fixou entendimento no sentido da não incidência de PIS/COFINS sobre bonificações recebidas de fornecedores. Assim, com base nos precedentes judiciais e na opinião dos nossos assessores legais, o Magalu reconheceu nesse trimestre créditos tributários, referentes a períodos anteriores a 2022, no total de R$ 688,7 milhões, sendo R$ 533,1 milhões de principal e R$ 155,6 milhões de atualização monetária (R$506,9 milhões líquidos de IR/CS).”

Sem os créditos tributários, o prejuízo ajustado seria de R$ 143,4 milhões, com queda de 15,7% na base anual das perdas, “ainda influenciado pela alta taxa de juros”, segundo a empresa.

O melhor resultado ajustado, desconsiderando os efeitos não recorrentes, se dá em meio a um recuo de 1,5% da receita bruta na mesma base, para R$ 10,5 bilhões, e de 2,6% da receita líquida, para R$ 8,5 bilhões, na base de comparação anual.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado do Magazine Luiza ficou em R$ 487,5 milhões, queda de 0,7% no ano. A margem ebitda ajustada subiu 0,1 ponto percentual (pp), chegando a 5,7%, por conta do aumento da margem bruta. O ebitda subiu 111,3%, na mesma base, para R$ 970,9 milhões, com margem ebitda de 11,3%, 6,1 pp acima do 3T22.

Outros destaques informados pela companhia no documento foram:

As vendas totais do Magalu atingiram R$15 bilhões no 3T23, crescendo 5% em relação ao 3T22. Nos últimos quatro anos, o crescimento médio anual foi de 21%.

O e-commerce atingiu R$11 bilhões em vendas no trimestre, aumentando 6% no 3T23, enquanto o mercado online brasileiro teve uma queda de 7% no mesmo período (Neotrust). O crescimento médio anual do e-commerce do Magalu foi de 35% nos últimos quatro anos.

As vendas do marketplace totalizaram mais de R$4 bilhões no 3T23, um expressivo crescimento de 25% comparado ao mesmo período do ano anterior. Nos últimos quatro anos, o marketplace do Magalu apresentou um crescimento médio anual de 51%.

Além de registrar um aumento nas vendas, conseguimos elevar significativamente a rentabilidade de nosso marketplace. As receitas provenientes dos serviços do marketplace cresceram 44%.

A margem bruta atingiu 30,4% no 3T23, a maior dos últimos seis anos. Isso representou um crescimento de 2,9 p.p. em comparação com o mesmo período do ano anterior e um aumento de 0,9 p.p. em relação ao segundo trimestre deste ano. Continuando com a estratégia de repasse do DIFAL e com foco em para melhorar a rentabilidade do 1P, a margem de produtos aumentou 1,0 p.p. em comparação com o ano anterior. Além disso, a receita de serviços contribuiu com 1,9 p.p. para a margem bruta total.

O marketplace do Magalu alcançou a marca de 323 mil sellers e possui um catálogo com mais de 114 milhões de ofertas disponíveis para venda. Entre esses sellers, mais de 200 mil são empreendedores pequenos ou médios que se cadastraram na plataforma por meio do programa Parceiro Magalu, impulsionados pela presença das lojas físicas e pela Caravana Magalu.

Nas lojas físicas, as vendas foram de R$4 bilhões no trimestre, crescendo 2% comparado ao 3T22.

O Magalu encerrou o trimestre com uma posição de caixa total de R$ 8 bilhões, mantendo a mesma posição de caixa total de jun/23. A geração de caixa operacional de R$327 milhões no trimestre. A Fintech do Magalu cresceu 11% no trimestre, atingindo R$25 bilhões em TPV. Um dos destaques foi o crescimento de 30% no volume de pagamentos para sellers e nas contas digitais MagaluPay. Em cartão de crédito, o faturamento atingiu mais de R$14 bilhões no 3T23 — são 7 milhões cartões de crédito emitidos e R$20 bilhões em carteira de crédito. Destaque para a redução nas taxas de inadimplência: redução de 0,2 p.p. na de curto prazo e 0,4 p.p. na de longo prazo comparadas com as de 2T23.