Lucro recorrente do Itaú Unibanco cresce 16,4% no quarto trimestre, para R$ 9,4 bilhões

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Foto: Divulgação/Itaú Unibanco.

São Paulo – O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco, que desconsidera itens com impacto pontual sobre o resultado, aumentou 16,4% no quarto trimestre de 2023, para R$ 9,4 bilhões, subindo 24,7% em relação a um ano antes.

A carteira de crédito do Itaú Unibanco considerando apenas o Brasil aumentou 5,8%, para R$ 971 milhões. Levando em consideração os outros países em que o banco atua – principalmente na América Latina -, houve alta de 3,1%, para R$ 1,1765 bilhão.

O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE, na sigla em inglês) médio do Itaú Unibanco considerando apenas as operações brasileiras cresceu 2,5 pontos porcentuais (pp) no quarto trimestre de 2023, para 22,2%, enquanto o RoE incluindo todas as operações aumentou 17,8 pp, para 21,2%.

O índice de inadimplência (90dias) total caiu de 2,9% no quarto trimestre de 2022, para 2,8% na comparação no último trimestre de 2023. O mesmo indicador referente à operação Brasil também registrou queda de 0,2 pontos percentuais na mesma base de comparação, de 3,4% para 3,2%.

A despesa do Itaú Unibanco com provisões para devedores duvidosos (PDD) diminuiu 6,2% no quarto trimestre de 2023, para R$ 9,3 bilhões, e o saldo de PDD acumulado até o fim do período foi de R$ 55,38 bilhões, caindo 2,1% em relação a um ano antes.

2023

O Itaú Unibanco registrou resultado recorrente de R$ 35,6 bilhões em 2023, alta de 15,7% em relação ao ano anterior, e retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE) médio anualizado de 21,0 %.

Entre os fatores que mais influenciaram o resultado estão o crescimento da carteira de crédito, a maior margem com passivos, além do impacto positivo da reprecificação do capital de giro próprio. Com isso, houve crescimento na margem financeira com clientes. Também contribuiu para os resultados o aumento das receitas de prestação de serviços e seguros, em razão do maior faturamento na atividade de cartões, tanto em emissão quanto em adquirência, além da evolução positiva do resultado com seguros, explicou o banco.

“Em 2023, colhemos os resultados da nossa transformação cultural e digital. Mantivemos o banco em uma trajetória de crescimento sustentável, com índices de satisfação, engajamento e principalidade dos clientes em níveis de excelência, o que se reflete diretamente no nosso desempenho financeiro. Entramos em 2024 otimistas e empenhados para entregar ainda mais valor aos nossos clientes, acionistas e colaboradores, tirando proveito de todas as mudanças que fizemos na organização para que os nossos clientes estejam no centro de todas as nossas decisões, comentou Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco.

A carteira de crédito total cresceu 3,1% ante 2022, atingindo R$ 1.176,5 bilhões em dezembro de 2023. Na carteira de pessoas físicas, o aumento está relacionado ao crescimento de 13,7% em crédito pessoal, 6,8% em crédito imobiliário, mercado em que, ao longo desse período, o banco avançou na melhoria da jornada para os clientes, e 5,1% em veículos. A carteira de pessoas jurídicas2 cresceu 0,5% em 12 meses, com movimentos importantes em crédito rural, imobiliário e BNDES e repasses.

O índice de inadimplência acima de 90 dias (NPL 90) atingiu 2,8% em dezembro de 2023, menor valor dos últimos 5 trimestres. Essa redução ocorreu em razão da melhora do indicador no segmento de pessoas físicas no Brasil e reflete a gestão estratégica de riscos do banco.

O custo do crédito totalizou R$ 36,9 bilhões no ano de 2023, alta de 14,4% quando comparado a 2022, em razão principalmente da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa por conta do crescimento da carteira de crédito nos Negócios de Varejo no Brasil e da normalização do fluxo de provisionamento nos Negócios de Atacado também no país; do aumento de impairment de títulos privados; e do aumento de descontos concedidos.

Conselho aprova pagamento de R$ 11 bi em dividendos e JCP

O conselho de administração do Itaú Unibanco, deliberou, na data de hoje, o pagamento de dividendos em 08.03.2024, no valor de R$ 1,125125 por ação referente ao exercício de 2023, em complemento aos valores já declarados anteriormente relativos ao mesmo exercício social, tendo como base de cálculo a posição acionária final registrada em 21.02.2024, totalizando o montante de R$ 11,0 bilhões.

O Conselho de Administração aprovou, ainda, o pagamento, também em 08.03.2024, dos juros sobre o capital próprio já declarados, conforme os Fatos Relevantes divulgados em: 06.09.2023, no valor bruto de R$ 0,2693 (líquido de R$ 0,228905) por ação, com posição acionária final registrada em 18.09.2023; e 24.11.2023, no valor bruto de R$ 0,24724 (líquido de R$ 0,210154) por ação, com posição acionária final registrada em 06.12.2023.

Portanto os acionistas que detêm ações nas posições acionárias citadas acima receberão em 08.03.2024 o montante de dividendos e JCP líquido de R$ 1,564184 por ação.

PROGRAMA DE RECOMPRA DE AÇÕES

O conselho do Itaú também aprovou o encerramento, a partir desta data, por antecipação, co programa de recompra de ações de emissão própria, aprovado na reunião do Conselho de Administração de 25.08.2022, que venceria em 24.02.2024; e (ii) Aprovar novo programa de recompra de ações de emissão própria, que passará a vigorar a partir desta data, autorizando a aquisição de até 75.000.000 de ações preferenciais de emissão própria, sem redução do valor do capital social, para manutenção em tesouraria, cancelamento ou recolocação no mercado.

O processo de aquisição das ações tem como potenciais objetivos: (i) maximizar a alocação de capital através da aplicação eficiente dos recursos disponíveis; (ii) prover a entrega de ações aos colaboradores e administradores da Companhia e de suas controladas no âmbito dos modelos de remuneração e dos planos de incentivos de longo prazo; (iii) prover a entrega de ações aos colaboradores no âmbito de projetos institucionais, tais quais de incentivo à inovação e eficiência; e/ou (iv) utilizar as ações adquiridas caso haja oportunidades de negócios no futuro.

PROJEÇÕES PARA 2024

O Itaú Unibanco divulgou as seguintes projeções para 2024: a carteira de crédito total deverá crescer entre 6,5% e 9,5%; a margem financeira com clientes terá aumento entre 4,5% e 7,5%; a margem financeira com o mercado deve totalizar entre R$ 3,0 bilhões e R$ 5,0 bilhões.

O custo de crédito do Itaú deve ficar entre R$ 33,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões em 2024.

A receita de prestação de serviços e resultado de seguros deve crescer entre 5% e 8%, enquanto as despesas não decorrentes de juros devem avançar entre 4% e 7%; a alíquota efetiva de IR/CS deve ficar entre 29,5% e 31,5% em 2024.