Lucro líquido recorrente do Santander recua 12,6% no 3º trimestre, a R$ 2,7 bilhões

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Foto divulgação: Banco Santander

São Paulo – O Santander Brasil divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido recorrente de R$ 2,72 bilhões, alta de 18,2% na comparação com o segundo trimestre e redução de 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido societário chegou a R$ 2,64 bilhões, alta de 23,1% em relação ao segundo trimestre deste ano.

O retorno sobre o patrimônio (ROE), excluindo ágio, chegou a 13,1%, queda de 1,9 ponto percentual em comparação ao segundo trimestre, e 15,6% no terceiro trimestre do ano passado.

A margem financeira bruta atingiu R$ 13,4 bilhões, queda de 1,2% em três meses. A margem com clientes alcançou R$ 14,2 bilhões, redução de 1,3% no trimestre. Segundo a companhia, a margem com mercado segue com tendência de melhora no trimestre, com impacto positivo da sensibilidade à taxa de juros em parte compensado por menor resultado de trading. Na comparação anual, a margem financeira apresentou aumento de 2,1%, com dinâmica positiva da margem com clientes, principalmente pelo resultado de captações e das operações com mercado.

As receitas com cartões atingiram R$ 1,415 bilhão, aumento de 3,2% no trimestre e de 5,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, devido à expansão do volume transacionado, aumento de spending por cliente e crescimento de emissão de cartões. Seguimos com a estratégia seletiva focada em clientes com melhor perfil de risco e avançando no segmento de alta renda, com crescimento de 25% no ano da carteira de cartões para esse perfil de cliente.

O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,0% em setembro de 2023, queda de 0,3 p.p. no trimestre e estabilidade no ano, com melhora relevante em Pessoa Física, que declinou 0,5 p.p. no trimestre e se manteve estável no ano. Em Pessoa Jurídica, o índice caiu 0,1 p.p. no trimestre, por PMEs, e ficou estável no ano.

O índice de inadimplência de 15 a 90 dias alcançou 4,0% em setembro de 2023, queda de 0,1 p.p. no trimestre e 0,3 p.p. no ano, com melhora relevante em Pessoa Física, evidenciando a qualidade das novas safras. Em Pessoa Jurídica,

As despesas gerais atingiram R$ 6,027 bilhões, aumento de 0,9% em três meses, principalmente por maiores despesas administrativas. As despesas gerais, as despesas relacionadas à expansão dos negócios representaram +1,4% da variação do trimestre, enquanto as despesas recorrentes impactaram -0,5%, evidenciando nossa gestão de custos. No acumulado de 9 meses, as despesas atingiram R$ 17,912 bilhões, crescimento de 7,5% no ano, impactadas pelo crescimento das despesas administrativas e de pessoal. As despesas gerais, as despesas relacionadas à expansão dos negócios representaram +5,1% da variação anual, no acumulado 9 meses, enquanto as despesas recorrentes impactaram +2,4%.

O índice de eficiência recorrente atingiu 42,2%, queda de 0,7 p.p. no trimestre, beneficiado pela base de crescimento das receitas totais. No acumulado, o índice alcançou 42,0%, alta de 6,2 p.p. em doze meses, devido à menor geração de receitas por conta da seletividade do crédito e às maiores despesas, em função da expansão dos negócios e do dissídio de 2022 aplicado sobre a base salarial a partir do terceiro trimestre de 2022, influenciando os oito primeiros meses de 2023, além do dissídio de 2023, a partir de setembro de 2023. Seguimos comprometidos com o controle dos custos essenciais para a operação, promovendo a otimização de nossos processos.

Os ativos totais somaram R$ 1,162 bilhão em setembro de 2023, alta de 6,0% em três meses, em função principalmente do crescimento das aplicações interfinanceiras de liquidez. Em relação ao mesmo período do ano anterior, aumento de 15,4%, refletindo o crescimento das aplicações interfinanceiras de liquidez e TVM. O patrimônio líquido atingiu R$ 84,793 bilhões no período, com aumento de 0,9% em três meses e 2,9% em doze meses, ou R$ 83,807 bilhões desconsiderando o saldo do ágio, com alta de 1,0% no trimestre e 3,4% no ano.

A carteira de títulos e valores mobiliários totalizou R$ 271,079 bilhões em setembro de 2023, queda de 0,9% em três meses, influenciada principalmente pela redução em títulos públicos (3,9%). Em doze meses, alta de 16,1%, decorrente do incremento no saldo de títulos privados (+41,6%).

A carteira de crédito totalizou R$ 502.626 milhões em setembro de 2023, alta de 0,7% na comparação trimestral (ou aumento de 0,2% desconsiderando o efeito da variação cambial), devido ao aumento de 3,1% em PMEs (ou aumento de 2,9% desconsiderando o efeito da variação cambial). Em doze meses, a carteira de crédito apresentou aumento de 3,8% (ou de 4,4% desconsiderando o efeito da variação cambial), com destaque para o crescimento no varejo (de 5,6% em pessoa física e 6,5% em PMEs).

A carteira de crédito ampliada, que inclui Títulos privados, avais e fianças (CRA, FIDC e CPR, além de debêntures, CRI, promissórias de colocação no exterior, notas promissórias e avais e fianças), chegou a R$ 625,4 bilhões, alta de 1,3% no trimestre e crescimento de 7,9% no ano.

Em setembro de 2023, a carteira de imobiliário, considerando pessoa física e pessoa jurídica, alcançou R$ 60,837 bilhões, crescimento de 1,5% no trimestre e de 6,3% em comparação com setembro de 2022.

O índice de Basileia atingiu 14,3%, o que representa um aumento de 0,8 p.p. no trimestre, principalmente em função da redução dos ativos ponderados pelo risco (RWA). Comparado ao mesmo período do ano anterior, o índice de Basileia apresentou redução de 0,2 p.p. principalmente devido ao aumento de 2,0% nos ativos ponderados pelo risco, com destaque para o risco de crédito e de mercado.

“É importante destacar a implementação da Resolução 229 do Banco Central, em 1 de julho de 2023, beneficiou o RWA, como mencionado no 2T23. O índice de Basileia supera em 2,8 p.p. a soma dos requerimentos mínimos do Patrimônio de Referência e Adicionais de Capital Principal”, explicou a companhia.

As comissões com seguros totalizaram R$ 946 milhões, aumento de 19,0% no trimestre, com avanços nas modalidades Open, devido à maior atividade comercial e ao lançamento de novos produtos e campanhas específicas, e Related, pela melhora na dinâmica de crédito. No acumulado do ano, aumento de 0,5%. A companhia alcançou R$ 7,9 bilhões em prêmios emitidos no ano e permanecemos como destaque no ramo de pessoas, com 11,6% de market share de prêmios, e em seguros de acidentes pessoais, com 13,9% de participação de mercado.

As comissões de operações de crédito totalizaram R$ 528 milhões, aumento de 10,8% em três meses e crescimento de 10,0% no acumulado do ano, beneficiadas principalmente pelas maiores receitas com tarifas de confecção de cadastro para PF e PJ. As receitas de cobranças e arrecadações totalizaram R$ 337 milhões no período, aumento de 4,2% em três meses. No acumulado do ano, queda de 8,0%, devido ao menor volume de cobranças no período.

O saldo das provisões para crédito de liquidação duvidosa totalizou R$ 34,636 bilhões em setembro de 2023, queda de 2,4% em três meses. No ano, alta de 5,7%, impactada por safras mais antigas e carteira renegociada demandando mais provisão. A parcela de provisão requerida apresentou queda de 2,6% em três meses e aumento de 6,0% em doze meses

O NPL formation recorrente somou R$ 5,250 bilhões em setembro de 2023, melhorando R$ 1,353 bilhão no trimestre, influenciado principalmente pelo menor saldo da carteira em atraso acima de 90 dias. A relação entre o NPL formation recorrente e a carteira de crédito atingiu 1,05% no trimestre, queda de 0,27 p.p. no trimestre e praticamente estável no ano.