Lucro líquido recorrente da Itaúsa soma R$ 3 bilhões de abril a junho, alta de 5%

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São Paulo – O lucro líquido recorrente da Itaúsa, que exclui itens extraordinários e considera as participações nas subsidiárias foi de R$ 3 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 5% na comparação com igual período do ano passado. A companhia disse que o crescimento reflete resiliência das investidas diante do cenário macroeconômico adverso.

O Lucro Líquido foi afetado por eventos não recorrentes, que totalizaram efeito negativo de R$ 58 milhões no 2T22. Na Itaúsa, houve resultado não recorrente relativo ao recebimento de earn-outs oriundos da venda daElekeiroz. No Itaú Unibanco, o principal efeito foi o impacto negativo relativo ao teste de readequação do passivo. Na Dexco, o resultado da LD Celulose, ainda em fase de ramp up no 2T22, foi o principal evento não recorrente.

O Lucro Líquido totalizou R$ 3,1 bilhões no 2T22, queda de 12% em relação aos R$ 3,5 bilhões apurados no mesmo período do ano anterior, principalmente em função de eventos não recorrentes ocorridos no 2T21, dentre eles o impacto positivo nãorecorrente da reavaliação do crédito tributário oriundo da majoração da alíquota da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) do Itaú Unibanco, que beneficiou aquele trimestre.

No trimestre, o resultado recorrente das empresas investidas da holding que controla o Itaú Unibanco foi de R$ 3,3 bilhões, 12% maior que o visto no mesmo período de 2021. Deste total, R$ 2,8 bilhões (+3%) foram do setor financeiro (Itaú e XP) e R$ 486 milhões (+111%) das empresas não financeiras (Alpargatas, Dexco, Aegea Saneamento, Copa Energia e NTS.

No acumulado do ano, a lucratividade e ROE alcançaram 20,5% ao ano, altaa de 2,6 pontos percentuais (pp) ante o 1S21. No 2T22, o indicador foi de 18,0%, queda de 1,1 pp ante 2T21.

Ambiente deve se manter desafiador no curto prazo, exigindo resiliência e disciplina dos negócios, escreveu Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, no relatório de resultados trimestrais da companhia.

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

O conselho de administração da holding Itaúsa, aprovou pagar, em 30 de agosto, juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,12367 por ação, em valor bruto, ou líquidos de R$ 0,1051195 por ação.

Deste total, R$ 0,11337 por ação (líquido de R$ 0,0963645 por ação), declarados em 21 de março, tendo como data-base a posição acionária final do dia 24 de março; e R$ 0,01030 por ação (líquido de R$ 0,0087550 por ação), declarados nesta data, tendo como data-base a posição acionária final do dia 18 de agosto de 2022.

O colegiado também deliberou pagar, até 29 de dezembro de 2023, juros sobre o capital próprio adicionais declarados também nesta data no valor de R$ 0,0494 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,04199 por ação, aos acionistas da data-base a posição acionária final de 18 de agosto de 2022.