Lucro líquido do Itaú cresce 14,6% no 1° trimestre de 2023

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Fachada de agência do Itaú. (Foto: Thomas Hobbs/Flickr)

São Paulo, SP – O Itaú divulgou hoje o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 8,43 bilhões, alta de 14,6% em relação ao mesmo período de 2022. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado do banco (ROE) foi de 20,7%, avanço de 0,3 ponto percentual na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

O índice de inadimplência (de 90 dias) ficou em 2,9%, crescimento de 0,3 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2022.

Os índices de inadimplência acima de 90 dias total e Brasil ficaram estáveis em relação ao trimestre anterior. O índice do segmento de pessoas físicas no Brasil também ficou estável, refletindo a desaceleração do crescimento da inadimplência observada no último trimestre. O indicador de micro, pequenas e médias empresas reduziu, principalmente no segmento de empresas de menor faturamento, e foi compensado pelo aumento no índice de grandes empresas. Na América Latina, o índice aumentou devido à maior inadimplência em pessoas físicas no Chile.

O índice de inadimplência entre 15 e 90 dias (NPL 15-90) aumentou no trimestre, impactado principalmente pela sazonalidade típica do período no segmento de pessoas físicas no Brasil. Na América Latina, o aumento do índice ocorreu pela maior inadimplência tanto em pessoas físicas quanto em pessoas jurídicas no Chile, e em pessoas jurídicas no Paraguai.

A carteira de crédito total chegou a R$ 1,15 trilhões, alta de 11,7% em relação ao primeiro trimestre de 2022. O custo do crédito foi de R$ 9,1 bilhões, alta de 30,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

O custo do crédito reduziu R$ 717 milhões em relação ao trimestre anterior. Essa redução é explicada pela menor despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos Negócios de Atacado no Brasil, com a normalização do fluxo de despesa de PDD deste segmento.

Em relação ao primeiro trimestre de 2022, o custo do crédito aumentou R$ 2,12 bilhões. Essa variação ocorreu principalmente nos Negócios de Varejo no Brasil, com aumento de R$ 1,62 bilhão da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa, em função da maior originação em produtos de crédito ao consumo e sem garantias, e de R$ 294 milhões em descontos concedidos, relacionados com o crescimento da carteira neste segmento, além do aumento de renegociações. Além disso, o custo do crédito aumentou na América Latina.

“A redução da despesa de PDD no trimestre ocorreu principalmente nos Negócios de Atacado no Brasil, com a normalização do fluxo de despesa de PDD deste segmento. Nos Negócios de Varejo no Brasil, a despesa de PDD ficou praticamente estável, enquanto na América Latina, a redução no trimestre ocorreu devido à menor despesa no Chile”, explicou o Itaú.

A margem financeira com clientes recuou 0,7% no trimestre. Essa redução ocorreu pois os efeitos positivos dos maiores volumes médios de crédito e de depósitos, foram mais do que compensados pela menor quantidade de dias corridos e por menor resultado com operações estruturadas no atacado. Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, a margem financeira com clientes subiu 20,0%. Esse crescimento ocorreu pois o maior volume de crédito, a maior margem com passivos (tanto por volume quanto por taxa), além do impacto positivo da reprecificação do capital de giro próprio, mais do que superaram os menores spreads de crédito.

A redução de 13,8% na margem financeira com o mercado no trimestre ocorreu em função dos menores ganhos na tesouraria na América Latina, além da redução no resultado do livro trading no Brasil.