Lucro líquido da Ultrapar cai 48%, para R$ 239 milhões no segundo trimestre

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Foto divulgação: Grupo Ultra

São Paulo – A Ultrapar obteve lucro líquido de R$ 239 milhões no segundo trimestre deste ano (2T23) na comparação anual, queda de 48%, devido ao menor ebitda das operações continuadas, ao ganho de capital com a venda da Oxiteno registrado no 2T22 e a maiores custos e despesas com depreciação e amortização, apesar da menor despesa financeira líquida. Em relação ao 1T23, o lucro líquido apresentou redução de 13%, fruto do menor ebitda das operações continuadas e de maiores custos e despesas com depreciação e amortização, atenuados pela menor despesa financeira líquida.

A receita líquida totalizou R$ 29,6 bilhões no período, baixa de 21% ante o mesmo trimestre do ano anterior e 3% abaixo do 1T23, devido principalmente ao menor faturamento da Ipiranga.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado retraiu 35% na comparação anual, para R$ 964 milhões. Já o ebitda ajustado recorrente somou R$ 933 milhões, queda de 17% na comparação anual e 9% abaixo do 1T23, em função do menor EBITDA da Ipiranga e de maiores despesas da Holding, atenuados pelos maiores EBITDAs da Ultragaz e Ultracargo.

A companhia reduziu em 6% os seus investimentos entre abril e junho, na comparação anual, para R$ 385 milhões.

A Ultrapar registrou um resultado negativo de R$ 80 milhões da Holding, abastece aí e demais empresas, composto de (i) R$ 61 milhões de EBITDA negativo com a Holding, dos quais R$ 13 milhões referem-se a provisão pontual de contingências da Oxiteno, (ii) R$ 14 milhões de EBITDA negativo com o abastece aí, devido a despesas com pessoal e tecnologia e (iii) R$ 6 milhões de EBITDA negativo com as demais empresas, consequência principalmente do pior resultado da Refinaria Riograndense.

Por área de negócio, o volume da Ipiranga alcançou 5,6 milhões de metros cúbicos (m/3) no segundo trimestre, em linha com a registrada na comparação anual.

Na Ultragaz, o volume total foi de 442 mil toneladas, alta de 4% na comparação anual, sendo 286 mil toneladas de gás envasado e 156 mil toneladas a granel, altas de 2% e 8%, respectivamente.

Por fim, na Ultracargo a armazenagem efetiva média ficou em linha com a registrada um ano antes e alcançou 955 mil m/3 no segundo trimestre do ano em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior.

Ao final do trimestre, a dívida líquida consolidada da Ultrapar era de R$ 8 bilhões, menor que R$ 8,2 bilhões na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, encerrou o período em 2,1 vez, ante 2,2 vezes no mesmo período de 2022.