Lucro líquido da Ultrapar cai 41%, para R$ 274 milhões no primeiro trimestre

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Foto divulgação: Grupo Ultra

São Paulo – A Ultrapar obteve lucro líquido de R$ 274 milhões no primeiro trimestre deste ano na comparação anual, 41% abaixo dos R$461 milhões apurados no mesmo intervalo de 2022, decorrente do menor ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recorrente, em função das desconsolidações dos resultados da Oxiteno e da Extrafarma, apesar da menor despesa financeira líquida e dos menores custos e despesas com depreciação.

Em relação ao quarto trimestre de 2022 (4T22), o lucro líquido apresentou redução de 67%, fruto dos créditos fiscais extraordinários registrados na Ipiranga e na Ultragaz no 4T22 e da maior despesa financeira líquida no 1T23, apesar de menores custos e despesas com depreciação e amortização, explicou a empresa, em seu relatório de resultados do 1T23.

A companhia informou, no relatório, que as informações financeiras de 2022 referentes à Ultrapar correspondem às informações consolidadas (pró-forma) da companhia, isto é, os dados consideram a soma das operações continuadas e descontinuadas, exceto quando indicado de outra forma, lembrando que, em 31 de dezembro de 2021, classificou a venda de suas controladas Extrafarma e Oxiteno, como ativos e passivos mantidos para venda e operações descontinuadas.

A Oxiteno teve sua venda concluída em 1 de abril de 2022, e por essa razão deixou de compor as operações descontinuadas e os resultados da Ultrapar a partir do 2T22. Já a Extrafarma teve sua venda concluída em 1 de agosto de 2022, e seu resultado até esta data é demonstrado dentro de operações descontinuadas.

A receita líquida no primeiro trimestre totalizou R$ 30,5 bilhões, queda de 10% ante o mesmo trimestre do ano anterior, em função dos desinvestimentos da Oxiteno e da Extrafarma e subsequentes desconsolidações dos seus resultados em abril e agosto de 2022, respectivamente, além do menor faturamento da Ipiranga. Em relação ao 4T22, a receita líquida reduziu 15%, fruto principalmente do menor faturamento da Ipiranga e da Ultragaz.

O ebitda ajustado retraiu 18% na comparação anual, para R$ 1,079 bilhão. O ebitda ajustado recorrente foi de R$ 1,023 bilhão, queda de 16% na comparação anual.

Por área de negócio, o volume da Ipiranga alcançou 5,484 milhões de metros cúbicos (m/3) no primeiro trimestre, 2% maior que na comparação anual.

Na Ultragaz, o volume total foi de 417 mil toneladas, alta de 4% na comparação anual, sendo 269 mil toneladas de gás envasado e 148 mil toneladas a granel, alta de 2% e 10%, respectivamente.

Por fim, na Ultracargo a armazenagem efetiva média ficou estável na comparação anual e alcançou 955 mil m/3 no primeiro trimestre do ano em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior.

Ao final do trimestre, a dívida líquida consolidada da Ultrapar era de R$ 8,259 bilhões, em comparação a R$ 6,7 bilhões em 31 de dezembro de 2022. O aumento do endividamento líquido em comparação à posição ao final do 4T22 se deve principalmente ao efeito calendário e ao consumo de caixa operacional em capital de giro, fruto da redução de R$ 0,9 bilhão de risco sacado no 1T23, apesar das reduções de preços de combustíveis.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, encerrou o período em 2 vez, 0,3 ponto percentual (pp) acima do 4T22, reflexo principalmente do aumento da dívida líquida.No 1T22, a alavancagem era de 3,1 vezes.