Lucro líquido da Taesa recua 60,9% no 2° trimestre

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São Paulo, 3 de agosto de 2023 – A Taesa divulgou ontem (2) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 220,4 milhões, recuo de 60,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido regulatório, que reflete a geração de caixa da companhia, registrou um aumento de 73,9% em relação ao mesmo período de 2022, chegando a R$ 246,4 milhões.

Segundo a companhia, o resultado é reflexo, principalmente, da queda da receita de correção monetária do ativo contratual, motivada pelos menores índices macroeconômicos entre os períodos comparados, principalmente o IGP-M que registrou recuo de 2,73% no acumulado do segundo trimestre contra alta de 3,71% no segundo trimestre do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) regulatório foi de R$ 534,9 milhões, alta de 15,1% na comparação anual, com um aumento de 1,5 p.p. na margem Ebitda regulatória, que fechou em 84,5%.

A companhia registrou crescimento anual de R$ 68,6 milhões na equivalência patrimonial, explicado pela entrada em operação de Ivaí (98% da RAP total habilitada), Paraguaçu e Aimorés, pelo reajuste inflacionário do ciclo da RAP 2022-2023, e pelas menores despesas financeiras em Ivaí e TBE.

As despesas financeiras líquidas recuaram de 7,4%, resultado principalmente da contração do índice de inflação incidente sobre a dívida indexada a IPCA observado entre os períodos comparados.

Em 30 de junho de 2023, a dívida bruta totalizava R$ 9,541 bilhões um aumento de 1,5% em comparação ao primeiro trimestre. O caixa ficou em R$ 1,334 bilhão (aumento de 27,1% versus primeiro trimestre), resultando em uma dívida líquida de R$ 8,207 bilhões, queda de 1,8% no trimestre.

A relação da dívida líquida/Ebitda, consolidando proporcionalmente as empresas controladas em conjunto e coligadas, ficou em 3,7x (contra 3,9x no primeiro trimestre).

No primeiro semestre, a companhia, suas controladas, investidas em conjunto e coligadas investiram o total de R$ 1,315 bilhão contra R$ 263,6 milhões investidos no mesmo período de 2022, referentes aos empreendimentos em construção. O aumento de cerca de R$ 1,1 bilhão entre os períodos comparados se deve principalmente à indenização paga na assinatura do contrato de Saíra e aos maiores investimentos nos projetos de Ivaí, Ananaí e SantAna, compensado em parte por menores investimentos em Paraguaçu, Aimorés e ESTE em função da conclusão destes projetos.

DIVIDENDOS

O Conselho de Administração aprovou hoje a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) no montante de R$ 313,4 milhões (R$ 0,91 / Unit), sendo R$ 216,2 milhões (R$ 0,63 / Unit) a título de JCP e R$ 97,2 milhões (R$ 0,28 / Unit) a título de
dividendos intercalares, com base no resultado levantado em 31 de março de 2023. O pagamento ocorrerá no dia 29 de agosto de 2023, a partir da data base de 7 de agosto de 2023.