Lucro líquido da Qualicorp recua 72,2% no 2° trimestre

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São Paulo, SP – A Qualicorp divulgou ontem (14) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 13,7 milhões, queda de 72,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 194,8 bilhão, queda de 16,8% na comparação anual, com queda de 3,09 pontos percentuais na margem Ebitda ajustado, que encerrou o trimestre em 44,8%.

Segundo a companhia, o resultado é reflexo, principalmente, da desalavancagem operacional decorrente da queda de receita; e da pressão de despesas variáveis que são
relacionadas ao total de prêmio faturado.

A receita líquida somou R$ 435 milhões, queda de 11,1% na comparação anual, devido a quedas na base de clientes e na taxa de carregamento do Adesão Médico-Hospitalar, parcialmente compensadas por melhora de tíquete médio.

A receita bruta atingiu R$ 470 milhões, apresentando uma redução de 11,3% em relação ao segundo trimestre de 2022l. No acumulado do ano, o decréscimo na receita bruta foi de 10,2%.

O portfólio total é de 2,3 milhões de vidas, praticamente em linha com o trimestre anterior (-0,7%). A carteira de Adesão decresceu 3,1% em relação ao primeiro trimestre, enquanto os outros segmentos (Empresarial, PME e Gama) apresentaram expansão de 3% na comparação com o primeiro semestre. Na visão anual, a carteira total de vidas decresceu 9,8% em relação ao primeiro semestre de 2022, em função da queda de 17,5% no portfólio de Adesão e do crescimento de 4,2% dos outros segmentos.

O total de custos e despesas, excluindo os ajustes ao Ebitda, foi de R$ 240,2 milhões, apresentando redução de 5,8% na comparação anual. No acumulado do primeiro semestre a redução foi de 3,4% em relação ao segundo trimestre de 2022 nos custos e despesas recorrentes, que atingiram R$ 487,2 milhões.

O resultado financeiro líquido representou uma despesa de R$ 56,4 milhões, alta de 8,1% na comparação anual. As despesas financeiras com dívida, líquidas das receitas com investimentos financeiros, foram de R$ 54 milhões (ou 3,9% sobre a dívida líquida média do período), apresentando queda de 10,8% em relação ao primeiro trimestre, relacionada
principalmente ao crescimento de 23% das receitas financeiras sobre investimentos que, além de serem ajudadas por uma posição de caixa ligeiramente maior ao longo do segundo trimestre de 2023, voltaram a um nível normalizado após terem sido negativamente impactadas pela marcação à mercado de alguns títulos e fundos no primeiro trimestre de 2023.

O fluxo de caixa livre atingiu R$148,1 milhões, o maior em 9 trimestres, com aumento de 5,5% em relação à também forte geração de caixa do primeiro trimestre. No acumulado do ano apresentamos R$ 288,6 milhões de geração de caixa livre que foi 13x maior que os R$ 22,2 milhões do primeiro semestre de 2022.

A dívida líquida foi de R$ 1,323 bilhão, queda de 6,7% na comparação com o primeiro trimestre, e redução de 11,4% na comparação anual, após um trimestre com forte geração de caixa operacional e após o pagamento dos juros semestrais de nossas debêntures. Quase a totalidade da dívida se encontra consolidada e sua maior parte é de longo prazo, com primeira amortização das debêntures programada para junho de 2024 (25% do total), e vencimento final em junho de 2027.

A alavancagem financeira fechou em 1,55x o Ebitda Ajustado dos últimos 12 meses, menor que o índice de 1,59x no primeiro trimestre, mas maior que o 1,47x no segundo trimestre de 2022. O retorno sobre capital investido (ROIC) atingiu 14,8%, queda de 1,6 ponto percentual na comparação anual.