Lucro líquido da Klabin recua 64% no 1° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Klabin divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24),
com lucro líquido de R$ 460 milhões, queda de 64% em relação ao mesmo período de 2023 (1T23). o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,652 bilhão, recuo de 15% em relação ao mesmo período de 2023, e queda de 2% em comparação ao quarto trimestre de 2023, com margem Ebitda de 37%, em linha com o trimestre anterior.

A receita líquida total foi de R$ 4,430 bilhões, redução de 8% na comparação com o 1T23,
devido, principalmente, a queda dos preços da celulose e kraftliner e a desvalorização do
dólar americano em relação a moeda brasileira, compensados parcialmente pelo aumento do volume vendido.

O retorno consolidado da Klabin, medido pela métrica de Return on Invested Capital (ROIC) foi de 9,1% no 1T24, redução de 11,2 p.p. na comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa retração se deve à redução no fluxo de caixa operacional e ao aumento do capital investido ajustado

O volume total de produção foi de 1,054 milhão de toneladas no 1T24, aumento de 10% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O volume de produção de celulose no 1T24 totalizou 382 mil toneladas, redução de 6% na comparação com o 1T23, ocasionado por um evento não recorrente de parada de manutenção da linha de produção.

A produção de papel-cartão foi de 231 mil toneladas, 26% superior ao 1T23. O aumento se deve ao ramp-up da MP28 que, no período, produziu 92 mil toneladas, sendo 50% papelcartão e 50% papel kraftliner. Em containerboard, o volume de produção no 1T24 foi de 441 mil toneladas, 19% maior versus o 1T23, reflexo do ramp-up da MP27 e da MP28 e da retomada de produção da MP1, que produz kraftliner, por melhores condições neste mercado. Além disso, a Klabin segue realizando paradas de produção por razões mercadológicas de máquinas que produzem papéis reciclados Paulínia (MP29), Franco da
Rocha (MP30) e Goiana (MP17).

Em celulose, o volume total comercializado foi de 362 mil toneladas no primeiro trimestre de 2024, 3% abaixo do 1T23, explicado pelo menor volume de produção e efeito de carryover de parte do volume vendido devido a problemas operacionais e de sobrecarga no porto de Paranaguá (PR). O volume de vendas de papel-cartão foi de 198 mil toneladas no 1T24, aumento de 15% em relação ao 1T23, suportado pela continuidade do ramp-up da MP28 e aumento das exportações no período e acesso a novos mercados.

Em containerboard, o volume de vendas da Klabin no 1T24 foi de 108 mil toneladas, aumento de 19% na comparação com o 1T23. Esse crescimento foi alavancado pelo fortalecimento da demanda em vários mercados que levaram ao aumento de 31% nas exportações.

O custo dos produtos vendidos (CPV) foi de R$ 2,138 bilhões no 1T24, em linha com o 1T23. Já o CPV/t apresentou redução de 6% quando comparado ao 1T23, totalizando R$ 2.295/t no 1T24, beneficiado majoritariamente pela maior diluição dos custos com o aumento do volume total vendido.

O endividamento bruto em 31 de março de 2024 foi de R$ 33,150 bilhões, aumento de R$ 2,242 bilhões em relação ao final do 4T23. Este aumento é explicado, majoritariamente, pela captação líquida de recursos realizada no trimestre, no montante de R$ 1,321 bilhão, e pelo efeito da valorização do dólar sobre o endividamento em moeda estrangeira.

O endividamento líquido, consolidado em 31 de março de 2024, totalizou R$ 21,350 bilhões, alta de R$ 1,157 bilhão com relação ao final do 4T23, refletindo substancialmente o efeito da valorização do dólar americano sobre o endividamento em moeda estrangeira e o fluxo de caixa livre negativo no período, que foram parcialmente compensados pelo efeito positivo da variação cambial no caixa em dólares.

A relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado medida em dólares, que melhor reflete o perfil de alavancagem financeira da Klabin, encerrou o 1T24 em 3,5 vezes, dentro dos parâmetros estabelecidos na Política de Endividamento Financeiro da Companhia.

DIVIDENDOS

O Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos no montante de R$ 330 milhões. O pagamento será realizado no dia 16 de maio de 2024 e as ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 6 de maio de 2024.