Lucro líquido da Eletrobras cresce 16% no 2° trimestre

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Foto: Divulgação/Eletrobras/Claudio Ribeiro

São Paulo, SP – A Eletrobras divulgou na noite de ontem (7) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 1,619 bilhão, alta de 16% ao lucro líquido de R$ 1,4 bilhão obtido no segundo trimestre de 2022, e 222% superior ao lucro líquido de operações continuadas de R$ 501 milhões reportado no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o lucro líquido foi de R$ 2,025 bilhões, queda de 51% na comparação anual. Já o lucro líquido de operações continuadas no primeiro semestre encolheu 25%, encerrando em R$ 2,3 bilhões.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 6,5 bilhões, alta de 59% em relação ao mesmo período de 2022, e 103% superior ao Ebitda de R$ 3,2 bilhões de operações continuadas do segundo trimestre de 2022. O Ebitda recorrente cresceu 2%, a R$ 5,4 bilhões. A margem Ebitda cresceu 24 pontos percentuais, passado de 47% no segundo trimestre do ano passado, para 71%. Já a margem Ebitda recorrente caiu 1 ponto percentual, para 59%.

A receita operacional líquida foi de R$ 9,2 bilhões, alta de 4% em comparação ao mesmo período do ano passado, influenciado pelo incremento das receitas de geração. A receita operacional líquida recorrente foi de R$ 9,2 bilhões, alta de 4% na comparação anual. No semestre, a receita operacional líquida recorrente foi de R$ 18,4 bilhões, alta de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita de geração foi de R$ 6,4 bilhões, acima da receita de geração de R$ 5,2 bilhões registrada no mesmo período do ano passado.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) recuou 3,9 pontos percentuais no segundo trimestre de 2023, fechando em 1,4%.

A dívida líquida foi de R$ 38,085 bilhões, superior a dívida de R$ 36,717 bilhões registrada no primeiro trimestre de 2023. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda recorrente, alcançou 2,0 vezes no trimestre, alta de 129% na comparação anual. A dívida líquida ajustada fecha em R$ 38 bilhões, alta de 152% na comparação com o mesmo período de 2022.

A geração líquida foi 22% inferior ao mesmo período do ano passado, fechando em 83.175 GWh, em razão dos efeitos da privatização com desconsolidação da Eletronuclear e venda de Itaipu, manutenções não programadas para melhorias de desempenho nas UTEs Aparecida e Mauá 3, e aumento na frequência de revisões anuais programadas ao longo do ano na UTE Santa Cruz.

Em termos de evolução do mercado de energia, as Empresas Eletrobras venderam 31,6 TWh de energia no 2T23, contra 31,3 TWh negociados no mesmo período do ano anterior (+0,9%). Esses volumes incluem as energias vendidas das usinas sob o regime de cotas, renovadas pela Lei 12.783/2013, bem como pelas usinas sob regime de exploração (ACL e ACR).

Os investimentos no trimestre foram de R$ 1,3 bilhão, queda de 46% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, o recuou foi de 18%, fechando em R$ 2,5 bilhões.

O presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, destacou a aquisição do lote 4 do Leilão de Transmissão 001/2023, marcando a retomada da capacidade de investimento, além do efeito positivo do plano de demissão voluntária, que atraiu 1.475 inscritos, com uma economia anual adicional estimada em R$ 688 milhões.

“Esperamos, com este robusto conjunto de ações de transformação, resultados cada vez mais significativos, com disciplina financeira, eficiência operacional e compromisso Net Zero de redução de emissões”, afirmou Ferreira Junior.

A vice-presidente executiva Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Presta, destacou que o aumento do Ebitda IFRS foi influenciado, principalmente, pelo crescimento das receitas, em particular de geração, superior ao aumento das despesas e custos, e pela
consolidação da Santo Antônio Energia, bem como pelas reversões de provisões operacionais, com destaque para reversão de contingências no valor de R$ 1,6 bilhão.

A companhia tem 101 usinas, sendo 48 hidrelétricas, 43 eólicas 9 térmicas e 1 solar, considerando os empreendimentos Corporativos, Propriedade compartilhada e participações via SPEs.

A capacidade instalada atingiu 43.015 MW, no segundo trimestre de 2023, considerando os empreendimentos Corporativos, Propriedade compartilhada e participações via SPEs, o que representa 22% do total instalado no Brasil. Do total da nossa capacidade instalada, cerca de 96% vêm de fontes limpas, com baixa emissão de gases de efeito estufa.

A capacidade Instalada Brasil foi de 193.747,82 MW, sendo 57% proveniente de fonte hidráulica, 24% de fonte térmica, 13% de fonte eólica, 5% de fonte solar e 1% de fonte nuclear. A Eletrobras é responsável por 22,2% do total da capacidade instalada do Brasil.