Lucro líquido da Cemig recua 3,9% no 1°trimestre de 2023

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Edificio Sede Cemig. Divulgação Cemig.

São Paulo, SP – A Cemig divulgou hoje o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, recuo de 3,9% em relação ao mesmo período de 2022. Segundo a companhia, o resultado é reflexo da maior margem e maior volume de energia comercializada pela Cemig GT/Holding, do aumento de 3,1% na energia distribuída pela Cemig D, do crescimento no lucro da Gasmig de 75% frente, do danho de alienação de participação na MESA (Santo Antônio) com efeito positivo de R$ 45 milhões, entre outros.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,07 bilhões, alta de 8,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida ficou em R$ 8,64 bilhões, alta de 10,2% em comparação ao primeiro trimestre de 2022.

A receita bruta com energia vendida a consumidores finais foi de R$ 6,18 bilhões comparado a R$ 7,41 bilhões no mesmo período de 2022, representando uma redução de 16,5%, apesar do aumento de 2,6% no volume. A redução é explicada, principalmente, pela redução de alíquota de ICMS, que foi limitada a 18% a partir do segundo semestre de 2022

A receita de suprimento foi de R$ 905,7 milhões e de R$ 890,5 milhões no primeiro trimestre de 2022. O volume cresceu 9,1%, em razão de maiores de vendas de curto prazo para comercializadoras no primeiro trimestre de 2023 e novos contratos de venda com início de fornecimento a partir de jan/23

O Grupo Cemig faturou, aproximadamente, 9,1 milhões de clientes em março de 2023, com crescimento de 164 mil clientes, o que equivale a um aumento de 1,8% na base de consumidores em relação a março de 2022. Deste total, 9.072.744 são consumidores finais e de consumo próprio e 572 são outros agentes do setor elétrico brasileiro.

A receita de transmissão caiu 11,5%, em função da redução de 7,7% da remuneração financeira do ativo de contrato da transmissão, em decorrência da variação do IPCA que foi de +2,09% no primeiro trimestre de 2023 comparada a +3,20% no primeiro trimestre de 2022, base para a remuneração do contrato e da receita de construção que caiu em função da menor realização de investimentos em reforços e melhorias no período.

A receita bruta de fornecimento de gás totalizou R$ 1, 12 bilhão, comparada a R$ 956 milhões no mesmo período de 2022. Esta variação decorre do repasse dos reajustes ocorridos nos últimos 12 meses no custo do gás adquirido e do reajuste da margem pelo IGP-M em 2022, em contrapartida a redução de 10,0% no volume total de gás distribuído, em função despacho de térmicas quase nulo no trimestre. *Inclui receita do mercado livre

A receita de TUSD, advinda dos encargos cobrados dos consumidores livres sobre a energia distribuída, cresceu 14,1% ano a ano. Esta variação decorre do aumento de 6,5% na energia transportada para os clientes livres e do aumento na tarifa média de 22,8% sobre os clientes livres, parcialmente compensado pela redução na alíquota de ICMS.

O volume de gás vendido pela Gasmig caiu 2,5% quando comparado ao mesmo período de 2022 (10% quando considerado também o volume do mercado livre), impactado pelo consumo zero do mercado térmico no primeiro trimestre de 2023, enquanto o consumo comercial caiu 6,5% e o industrial subiu 17,4% (alta de aprox. 5,8% se somado o volume do mercado livre) em relação ao mesmo período de 2022. Quando considerado apenas o mercado não térmico, o crescimento foi de 14,0% (incluindo o mercado livre: +4% aproximadamente).

A Gasmig teve aumento de 14,6% no número de clientes em relação ao mesmo período de 2022, alcançando 84.720 consumidores. Esse crescimento está vinculado a expansão da base residencial (+10,7 mil clientes).

Os custos e despesas operacionais foram de R$ 6,94 bilhões e de R$ 6,40 bilhões no mesmo período de 2022, em função, principalmente, do aumento de R$ 341 milhões no custo com energia comprada, aumento de 9% (+R$51 milhões) na despesa com gás comprado para revenda, crescimento no custo de construção de R$ 212 milhões e do registro de perda por redução ao valor recuperável de R$ 46,1 milhões de usinas colocadas em processo de alienação.