Lucro líquido da BB Seguridade cresce 69,3% no 3° trimestre

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São Paulo, SP – A BB Seguridade divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2022. O lucro líquido ficou em R$ 1,65 bilhão, alta de 69,3% na comparação com mesmo período de 2021, devido ao forte desempenho comercial em seguros, previdência e capitalização, melhora da sinistralidade e crescimento do resultado financeiro.

Segundo o relatório, os responsáveis pelo crescimento de R$ 676,4 milhões do lucro sobre o mesmo período do ano passado são a Brasilseg, com R$ 393,9 milhões, BB Corretora, com R$ 171,4 milhões, e Brasilprev, com R$ 98 milhões. Por outro lado, o resultado de participação na Brasilcap retraiu R$14,6 milhões, em razão da contração da margem financeira, impactada pela alta no custo do passivo, decorrente da elevação da Taxa Referencial (TR), e pelo efeito negativo do ajuste do hedge da carteira pré-fixada disponível para venda.

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 5,5 bilhões, alta de 33,2% em relação ao mesmo período de 2021.

O resultado financeiro consolidado da BB Seguridade e de suas investidas atingiu R$ 232,4 milhões, ante saldo de R$ 14,1 milhões registrado no mesmo período de 2021. A elevação da taxa Selic, combinada com o aumento do volume de ativos financeiros e o fechamento da estrutura a termo de taxa de juros real, este último beneficiando a Brasilprev em específico, foram os principais fatores que contribuíram para o crescimento do resultado financeiro.

O lucro líquido da operação de seguros cresceu 160,1% ante o terceiro trimestre de 2021, com aumento dos prêmios ganhos (+21,5%) e recuo da sinistralidade (-14,7 p.p.), movimento decorrente da queda relevante de sinistros relacionados à Covid-19 nos produtos com cobertura de morte, bem como pelo menor volume de avisos no seguro agrícola, produto que no terceiro trimestre de 2021 foi impactado pela geada e seca que afetaram as culturas de milho e café.

Os prêmios emitidos seguem acelerando o ritmo de crescimento (+44,8% s/ 3T21 | +29,7% s/ 2T22), conduzidos pela evolução em todas as linhas de negócio: rural (+72,6% s/3T21), amparado principalmente pela expansão da demanda no Plano Safra 22/23, com ganho de participação de mercado nos últimos 12 meses, prestamista (+46,2% s/3T21), decorrente do maior volume de vendas, com aumento da penetração no desembolso de crédito consignado, expansão das vendas no estoque e redução do cancelamento; vida (+1,9% s/ 3T21), com crescimento de ticket médio; e residencial (+13,3% s/ 3T21), empresarial/massificados (+35,6% s/ 3T21) e habitacional (+3,2% s/ 3T21), pelo melhor desempenho comercial.

O lucro líquido da operação de previdência foi 82,3% superior ao reportado no mesmo período de 2021, atingindo R$ 289,5 milhões. O resultado financeiro, apresentou significativa melhora em relação ao saldo negativo de R$ 220,0 milhões no terceiro trimestre de 2021, reduzindo o déficit para R$ 34,8 milhões no terceiro trimestre de 2022, com a marcação a mercado positiva decorrente do fechamento da estrutura a termo de taxa de juros real.

O lucro líquido da operação de capitalização alcançou R$ 37,5 milhões, redução de 36,9% em relação ao reportado no mesmo período de 2021. O desempenho é justificado, principalmente, pela queda de 31,1% do resultado financeiro, com contração de 1,6 p.p. na margem financeira de juros, impactada pelo aumento da taxa média de atualização dos passivos onerosos e pelo ajuste negativo de R$ 13,7 milhões do hedge da carteira pré-fixada disponível para venda.

O lucro líquido da BB Corretora avançou 29,6% no comparativo com o terceiro trimestre de 2021, impulsionado por maiores receitas de corretagem, bem como pela evolução do resultado financeiro (+233,4%), considerando a alta da taxa Selic e a expansão do saldo médio de investimentos financeiros.

PROJEÇÕES

A companhia revisou suas as projeções empresariais para o ano de 2022, levando em consideração as projeções internas para o exercício fechado, que contempla o resultado
realizado em 2022 e as expectativas mais recentes de indicadores macroeconômicos e do negócio.

O resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings) passou de 15% a 20% para 24% a 27%. Os prêmios emitidos da Brasilseg passaram de 20% a 25% para 25% a 28%. Já as reservas de previdência PGBL e VGBL da Brasilprev se manteve entre 9% e 13%.