Lucro líquido da BB Seguridade cresce 4,7% no 1° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A BB Seguridade divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com lucro líquido de R$ 1,843 bilhão, alta de 4,7% em relação ao mesmo período do ano
passado (1T23). Em comparação a último trimestre de 2023, o lucro líquido recuou 10,3%.

Os principais fatores que levaram ao incremento de R$ 83,1 milhões no lucro líquido da companhia foram o crescimento das receitas de corretagem e alta do resultado financeiro da BB Corretora, devido a menores despesas de atualização monetária de dividendos e aumento de mais de R$ 1,1 bilhão do saldo médio, mais do que compensando o efeito da queda da taxa Selic nas receitas financeiras; a evolução dos prêmios ganhos retidos e redução de 2,8 p.p. da sinistralidade da BrasilSeg; e pelo crescimento do resultado financeiro da Brascap, com aumento do saldo médio de aplicações e aumento da margem financeira, decorrente da redução no custo do passivo.

“Por outro lado, a contribuição da Brasilprev para o resultado foi R$ 99,3 milhões inferior à
reportada no primeiro trimestre de 2023, em razão da queda do resultado financeiro, provocada tanto pelo descasamento temporal dos índices de inflação na atualização de ativos e passivos dos planos tradicionais como pelo ajuste negativo de marcação a mercado, decorrente da abertura da estrutura a termo de taxa de juros. O lucro líquido da BB Seguridade normalizado pelo efeito temporário desse descasamento de índices de inflação cresceu 7,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023”, comentou a companhia.

Já o resultado financeiro do primeiro trimestre deste ano foi de R$ 220 milhões, queda de 34,7% na comparação anual. Em relação ao quarto trimestre de 2023, o resultado financeiro foi 51% menor.

A queda no resultado financeiro é atribuída em grande parte à variação negativa do resultado financeiro da Brasilprev, explicada por contração dos índices de inflação que corrigiram grande parte dos ativos garantidores dos planos de benefício definido no período corrente (IPCA 1T24: +1,4% vs. 1T23: +2,1% | IGP-M 1T24: -0,9% vs. 1T23: +0,2%), resultado negativo de marcação a mercado devido à abertura na curva de juros futuros. Adicionalmente, a redução da taxa média Selic em relação ao 1T23 foi outro fator que contribuiu para a retração do resultado financeiro combinado, sendo parcialmente compensada pela expansão de 9,5% do saldo médio de ativos financeiros pós-fixados de todas as empresas do grupo.

No 1T24, o lucro líquido da operação de seguros cresceu 11,7% em relação ao 1T23, impulsionado pela evolução dos prêmios ganhos retidos (+9,6%) e redução da sinistralidade (-2,8 p.p.), refletindo na evolução de 12,0% do resultado operacional não decorrente de juros. Tais efeitos foram parcialmente compensados pelo menor
resultado financeiro em função, principalmente, do recuo da taxa média Selic

No 1T24, o lucro líquido da operação de previdência contraiu 30,3% em relação ao mesmo
período de 2023, alcançando R$305,4 milhões, desempenho atribuído ao resultado financeiro que registrou saldo negativo de R$ 5 milhões no trimestre, ante resultado positivo de R$246,6 milhões no 1T23. Dentre os fatores que afetaram o resultado financeiro, os principais foram descasamento temporal dos índices de inflação na atualização de ativos e passivos dos planos de benefício definido; e impacto negativo de marcação a mercado nos investimentos resultante da abertura da estrutura a termo de taxa de juros.

No 1T24, o lucro líquido da operação de capitalização foi 12,8% superior ao registrado no mesmo período de 2023, atingindo R$70,7 milhões. O desempenho é atribuído ao crescimento do resultado financeiro (+32,9%), com expansão do saldo médio de ativos rentáveis e aumento da margem financeira, resultante da redução do custo do passivo.

No 1T24, o lucro líquido da BB Corretora cresceu 12,1% em relação ao 1T23, impulsionado pela evolução de 11,5% das receitas de corretagem, melhora de 0.5 p.p. da margem operacional e aumento do resultado financeiro. As receitas de corretagem foram impulsionadas pelo bom desempenho comercial do período em todas as linhas de negócio,
além da apropriação em resultado das comissões diferidas de seguros, com destaque para o prestamista. Convém ressaltar o crescimento de R$1,4 bilhão do saldo de comissões a apropriar em 12 meses, atingindo R$5,1 bilhões ao final de março/2024, montante
esse que será reconhecido em receita de corretagem ao longo dos próximos anos.

GUIDANCE

Com relação aos indicadores do Guidance de 2024, a companhia disse que todos apresentaram superação no 1T24. Para o indicador de variação do resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings), a superação foi motivada por uma sinistralidade menor do que a prevista para o seguro rural. Já para os indicadores de variação de prêmios emitidos pela Brasilseg e variação das reservas de previdência PGBL e VGBL da Brasilprev, as projeções já apontavam uma superação dos intervalos do guidance no início do ano, com convergência gradual para os intervalos vigentes no decorrer do exercício.

O resultado operacional não decorrente de juros previsto para 2024 é de crescimento de 5% a 10%. No primeiro trimestre deste ano, o resultado cresceu 10,9% na comparação com o mesmo período de 2023.

Para os prêmios emitidos pela Brasilseg, a estimativa é entre 8% e 13%, No primeiro trimestre de 2024, o prêmios emitidos pela Brasilseg chegaram a 15,3%. A projeção das Reservas de Previdência para o modelo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) da Brasilprev deve ter crescimento de 8% a 12%. No primeiro trimestre de 2024, o crescimento foi de 15,2%.