Lucro líquido ajustado da Embraer recua 6,1% no segundo trimestre

376
Foto divulgação: Embraer

São Paulo, SP – A Embraer divulgou hoje o balanço do segundo trimestre de 2022. O lucro líquido ajustado foi de R$ 199,8 milhões, recuo de 6,1% em relação ao mesmo período de 2021.

O lucro líquido atribuído aos acionistas e lucro por ação de R$ 372,6 milhões e R$ 0,51, respectivamente, comparados a R$ 438,1 milhões em lucro líquido atribuído aos acionistas da Embraer e R$ 0,60 em lucro por ação ajustado no segundo trimestre de 2021.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 622,8 milhões, queda de 25,6% frente ao segundo trimestre de 2021.

A receita líquida somou R$ 5,044 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma redução de 14,8% na comparação com igual etapa de 2021, principalmente por menos entregas na Aviação Comercial, Defesa & Segurança e parcialmente compensada por maiores receitas em Serviços & Suporte.

A dívida total de R$ 6,27 bilhões, ou R$ 0,611 bilhões menor em comparação ao primeiro trimestre de 2022 e em linha com a estratégia de melhoria da nossa estrutura de capital e gestão de passivos.

O EBIT Ajustado foi de R$ 409,2 milhões e a margem EBIT Ajustada foi de 8,1%, comparado ao EBIT Ajustado foi de R$ 541,6 milhões e a margem EBIT Ajustada foi de 9,1% no segundo trimestre de 2021.

Segundo o relatório, a forte recuperação do EBIT Ajustado em comparação ao mesmo
período de 2021 foi impulsionada pela melhor eficiência de produção, custos e preços na
Aviação Comercial e Executiva, que levou ao aumento de receita e margem bruta.

A margem bruta consolidada foi de 22,9% e superior aos 18,1% reportados no segundo trimestre de 2021, com melhora na comparação com o ano anterior em quase todos os segmentos, especialmente na Aviação Comercial, Executiva e Serviços e Suporte.

O Fluxo de Caixa Livre (FCL) teve um superávit de R$ 486,2 milhões, que representou uma melhora significativa em relação a R$ 215,7 milhões no fluxo de caixa livre no segundo trimestre de 2021, suportado pelo desinvestimento das instalações de Évora e pelo IPO da EVE, que compensam as necessidades de capital de giro e a estratégia de gestão de passivos.

As adições líquidas ao imobilizado totalizaram R$ 156,1 milhões. Do valor total do, o Capex totalizou R$ 62,4 milhões, e o programa de pool de reposição de peças representou R$ 95,1 milhões. No segundo trimestre de 2022, a companhia investiu um total de R$ 130,2 milhões em desenvolvimento de produtos, principalmente relacionados ao programa TP.

A carteira de pedidos firmes atingiu US$ 17,8 bilhões, representando um aumento de 12,0% e 2,9%, respectivamente, em relação ao segundo trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, atingindo a maior carteira de pedidos pós-pandemia, não contabilizando os 20 pedidos firmes adicionais para Porter anunciados em julho deste ano.

A Aviação Comercial reportou uma redução na receita de 27% no ano para R$ 1,48 bilhão devido as menores entregas de aeronaves no trimestre. A margem bruta consolidada da Aviação Comercial foi de 13,2%, superior aos 4,7% reportado no segundo trimestre de 2021.

A Aviação Executiva entregou 21 aeronaves (12 jatos leves e 9 jatos médios) no segundo trimestre de 20222. As entregas foram superiores ao segundo trimestre de 2021 e as vendas continuaram fortes no trimestre, com pedidos de vendas superiores aos níveis do ano anterior. O índice book-to-bill permanece acima de 2,5 para 1, o mais alto do setor.