JBS lucra R$ 20,5 bilhões em 2021, mais de quatro vezes o resultado de 2020

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Foto: Divulgação/JBS

São Paulo – O lucro líquido da JBS aumentou 61,1% no quarto trimestre de 2021, para R$ 6,47 bilhões, enquanto a receita líquida cresceu 27,8%, para R$ 97,19 bilhões. Em todo o ano passado, o lucro líquido foi de R$ 20,5 bilhões, mais de quatro vezes acima dos R$ 4,6 bilhões de 2020, enquanto a receita líquida subiu 29,8%, para R$ 350,7 bilhões.
A JBS registrou crescimento em todas as unidades de negócio: Seara (+34,2%), JBS Brasil (+5,1%), JBS USA Bovinos (+38,3%, JBS USA Suínos (+14,1%) e PPC (+34,0%).
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 72,8%, para R$ 11,78 bilhões. Em termos ajustados, o ebitda aumentou 86,9%, para R$ 13,15 bilhões. No ano, o ebitda ajustado subiu 10,9%, para R$ 45,7 bilhões.
No quarto trimestre, cerca de 76% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 24% por meio de exportações.
A dívida líquida da companhia aumentou 49,9%, para R$ 69,279 bilhões.
“A JBS, que era uma Companhia nacional e com foco em uma proteína, se transformou em uma empresa global de alimentos com footprint diversificado, atuação nos principais tipos de proteína, vasto portfólio de produtos de alto valor agregado e marcas fortes. Nesse contexto, 2021 pode ser considerado um ponto determinante para os próximos anos da JBS. Fizemos aquisições estratégicas que nos permitem aumentar nossa relevância em segmentos e negócios em que enxergamos grande possibilidade de crescimento”, disse o presidente global da JBS, Gilberto Tomazoni, em sua mensagem no relatório de resultados da companhia.
PROGRAMA DE RECOMPRA
O conselho de administração da JBS aprovou o cancelamento da totalidade das 129.064.700 ações ordinárias da companhia mantidas em tesouraria, sem valor nominal e sem redução do valor do seu capital social que, com isso, passou a ser dividido em 2.244.801.870 ações ordinárias.
O colegiado também aprovou a extinção do plano de recompra de ações atualmente em vigor e aprovou um novo plano de recompra, para autorizar a aquisição, pela companhia, de até 10% de suas ações ordinárias em circulação – na data de hoje, é de 1.161.671.973 ações, portanto, a quantidade de ações que poderão ser adquiridas é de até 116.167.197 – para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação, sem redução do capital social, cabendo à diretoria definir a oportunidade e a quantidade de ações a serem efetivamente adquiridas e/ou alienadas, observados os limites e prazo de validade desta autorização. O prazo máximo para a liquidação das operações é de 18 meses a contar de 22 de março, ou seja, até 22 de setembro de 2023.
As operações para aquisição de ações serão realizadas a preços de mercado na B3 pelos seguintes agentes de intermediação: Ativa, BCG, Bradesco, BTG Pactual, Credit Suisse, C6, Genial, H.Commcor, J.P.Morgan, Lecca, Morgan Stanley, Merril Lynch, Santander, Tullett Prebon, UBS Brasil e XP.
O objetivo da operação é de maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital, disse a companhia, na ata da reunião do conselho, realizada hoje (21/3).