Itaú BBA aponta terceiro trimestre bom para Suzano e fraco para a Vale

522
Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais. Foto: Agência Vale

São Paulo – O Itaú BBA divulgou hoje uma análise sobre as perspectivas dos resultados do terceiro trimestre de 2022 para as principais empresas de commodities, entre elas, Vale, Usiminas, Gerdau, CSN, Klabin, Suzano e CBA.

Para os produtores de aço, alumínio e mineração, os analistas acreditam que os resultados serão impactados pelo menor preços de minério de ferro e alumínio, pelo fraco desempenho de volume e preço no aço no mercado doméstico e maiores custos de produção.

Para a Vale, por exemplo, as vendas devem ser menores que a produção, e o ebitda deve cair 18% no trimestre, com a queda nos preços de minério de ferro, chegando a US$ 4,5 bilhões, e queda de 36% comparado ao terceiro trimestre de 2021. Na divisão de metais básicos, o Ebitda deve recuar 24%, para US$ 460 milhões. Na divisão de ferrosos, o ebitda de chegar a US$ 4,2 bilhões, recuo de 18% no trimestre.

Sobre a Gerdau, a perspectiva é de um ebitda 22% menor do que no mesmo período de 2021, reflexo dos resultados mais fracos em todas as regiões. Nos Estados Unidos, a queda nos preços do aço deve resultar em uma margem ebitda de 31 vs. 33% no segundo trimestre de 2022. As margens no Brasil provavelmente devem cair 4,9%, para 19%, com preços mais baixos e custos mais elevados. As margens nas outras divisões também devem diminuir.

Para a Usiminas, a expectativa é de um ebitda consolidado de R$ 670 milhões, queda de 65% em relação ao segundo trimestre, com queda no negócio de aço, prejudicado por custos mais altos e preços e embarques de aço mais baixos. Na mineração, o resultado também será afetado com previsão de queda de 20% nos preços de minério de ferro no trimestre.

Por outro lado, as empresas de papel e celulose devem ter um trimestre robusto, com volumes resilientes, preços melhores, real mais depreciado e custos menores. “No negócio de celulose, esperamos que os embarques cheguem em 407 mil toneladas, queda de 4% em relação ao segundo trimestre de 2022. No entanto, o preço da celulose em dólar deve crescer 8%. Projetamos alta de 3% no custo por tonelada, impulsionado por custos de madeira mais elevados e uma diminuição nas vendas de energia.

Para a Suzano, a análise vê resultados mais forte no terceiro trimestre, com ebitda consolidado de R$ 8,35 bilhões, crescimento de 32% em comparação ao mesmo período de 2021. Os embarques consolidados de celulose devem crescer 1%, e os custos no caixa da produção de celulose devem subir 3%. As vendas de papel devem chegar a 332 mil toneladas, recuou de 1% em comparação ao terceiro trimestre de 2021. O ebitda deve crescer 24% em relação ao mesmo período de 2021, chegando a R$ 728 milhões no negócio de papel.

Sobre a Klabin, o Itaú projeta um ebitda de R$ 2,3 bilhões, alta de 20% em comparação ao terceiro trimestre de 2021. Na divisão de celulose, os preços mais altos no trimestre provavelmente compensarão volumes ligeiramente mais baixos. Na divisão de papel, a companhia deverá apresentar resultados sólidos, com volumes e preços praticamente estáveis, detalhou a análise.