IGP-M cai 0,64% em setembro ante ago; mercado previa -0,45%

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Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real. (Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil )

São Paulo – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou sua alta a -0,64% em setembro, de +0,78% em agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O recuo foi maior do que a mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de -0,45%. Com isso, o IGP-M acumula altas de 16,00% no ano e de 24,86% em 12 meses – número que também recuou mais do que o esperado (+25,13%).
A abertura do dado mostra que, em base mensal, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) estancou a alta, passando de 0,66% no mês passado para -1,21%% neste mês. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ganhou intensidade e subiu 1,19% em setembro, de +0,75% em agosto, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou em +0,56%%, mantendo o mesmo resultado de agosto.
Em relação aos subgrupos do IPA, nos estágios, o índice relativo aos bens finais desacelerou o ritmo de alta e subiu 1,62% em setembro, ante avanço de 2,22% em agosto, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de +8,28% para +4,38% no período.
Em bens intermediários, houve alta de 1,66%, ante +2,11%, no mesmo intervalo anterior, enquanto os preços das matérias-primas brutas passaram de -1,64% em agosto para -5,74% em setembro. Já nos itens de origem, o IPA agrícola registrou forte desaceleração, passando de +5,70% no mês passado para alta de 0,77% neste mês, enquanto o IPA industrial intensificou a queda de 1,25% na leitura anterior e recuou 2,02% no período.
“O minério de ferro continua influenciando o resultado do IGP-M. A queda de 21,74% registrada no preço desta commodity foi a principal contribuição para o resultado do índice. Sem o minério de ferro, o IGP-M teria registrado alta de 2,37% em agosto e de 1,21% em setembro””, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV.
Entre os subgrupos do IPC, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo nas taxas de variação de preços. A principal contribuição veio do grupo Habitação (de +1,05% para +2,00%), sendo que nesta classe de despesa vale citar o comportamento do item Tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de +3,26% em agosto para +5,75% em setembro.
No componente do INCC, o índice relativo a materiais e equipamentos caiu de 1,17% para 0,89% neste mês, o índice de serviços desacelerou de +0,78% para +0,56% e o índice que mede o custo da mão de obra passou de +0,00% para 0,27%.