IGP-DI acelera, mas sobe menos que o esperado em dezembro

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São Paulo – O Indice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,74% em dezembro, acelerando-se em relação à alta de 0,85% apurada em novembro, mas ficando abaixo da previsão de +1,80%, conforme a mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA. Com isso, o indicador encerrou 2019 (e os últimos 12 meses) acumulando alta de 7,70%, resultado que também ficou abaixo da previsão, de +7,75%, ainda segundo o Termômetro CMA.

Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou a alta de 1,11% em novembro e subiu 2,34% em dezembro. Da mesma forma; o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de +0,49% no mês anterior para alta de 0,77% no mês passado, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,21%, de +0,04%, no mesmo período.

No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais acelerou a alta de 1,74% em novembro e subiu 2,88% em dezembro, sendo que a maior influência veio do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,74% para 9,79%. Já o subíndice de bens intermediários apagou a queda de 0,20% no mês anterior e subiu 0,98% no mês passado, enquanto o das matérias-primas brutas passou de +1,90% para +3,25%, no mesmo período.

Já nos itens de origem, ainda no IPA, os produtos agropecuários praticamente mantiveram o ritmo de alta e subiram 4,39% em dezembro, de +4,50% em novembro, ao passo que os produtos industriais apagaram a ligeira baixa de 0,01% e avançaram 1,63%, na mesma comparação.

No IPC, cinco das oito classes de despesa apresentaram acréscimo nas taxas de variação de preços, com destaque para as altas em: Alimentação (0,42% para 2,56%) e Transportes (0,33% para 1,17%). Nessas classes de despesa, destaque para o comportamento dos itens carnes bovinas (de 8,00% para 16,56%) e gasolina (0,99% para 3,28%).

Na construção civil, o índice relativo a materiais, equipamento e serviços oscilou ao redor da estabilidade, passando de +0,08% em novembro para +0,07% em dezembro, enquanto o custo da mão de obra ganhou força e saiu da estabilidade no mês anterior para alta de 0,32% no mês passado.