IFI do Senado eleva previsão do PIB em 2022 para 2%

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Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial / Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

São Paulo, 17 de agosto de 2022 – A expectativa para o crescimento do PIB desse ano foi ajustada de 1,4% para 2,0% com a incorporação da dinâmica dos dados de atividade econômica no curto prazo e do efeito da ampliação de transferências sociais sobre o consumo das famílias. A avaliação faz parte do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de agosto, publicado hoje pela Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado.

 

“Os estímulos fiscais devem promover uma desaceleração mais branda da atividade econômica ao longo do segundo semestre. A taxa de variação esperada para 2023, por outro lado, foi ajustada para baixo, de 0,7% para 0,6%, afetada pelo impacto do aperto monetário em curso, efetuado pelo Banco Central, e o menor dinamismo do crescimento mundial”, explicou.

 

A IFI revisou novamente a projeção para a receita primária total do governo central em 2022. Essa mudança foi motivada pela revisão da projeção de crescimento real da economia, de 1,4% para 2,0%, e pelo comportamento recente das receitas não administradas. “Em julho, houve um recolhimento importante de dividendos da Petrobras no montante de R$ 6,9 bilhões. No acumulado de 2022 até julho, as receitas não administradas já estão R$ 101,5 bilhões acima do montante recolhido em igual período de 2021”, acrescentou o documento.

 

“Aplicando-se um reajuste de 18% sobre a despesa com remunerações e encargos de 2021 do Poder Judiciário (R$ 34,8 bilhões), obtemos R$ 41,1 bilhões, um aumento de R$ 6,3 bilhões. Como os reajustes previstos seriam escalonados, inicialmente a despesa passaria para R$ 36,6 bilhões em 2023 (R$ 1,8 bilhão acima de 2021). Em 2024, passaria para R$ 40,3 bilhões (+ R$ 5,5 bilhões em relação a 2021). Finalmente, em 2025, passaria para R$ 41,1 bilhões (+ R$ 6,3 bilhões). Para o Ministério Público, os valores seriam: em 2023, a despesa total passaria para R$ 5,7 bilhões (+ R$ 284 milhões); em 2024, passaria para R$ 6,3 bilhões (+ R$ 851 milhões); em 2025, passaria para R$ 6,4 bilhões (+ R$ 972 milhões).

 

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