Ibovespa deve contar com 80 ações e ser menos concentrado, prevê BTG Pactual

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São Paulo – O BTG Pactual prevê que o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, passará a contar com 80 ações a partir da primeira prévia de 2021, que passará a valer de janeiro a abril e será anunciada no dia 1º de dezembro. A estimativa é que o índice, que hoje conta com 77 ativos de 75 empresas, também seja menos concentrado em algumas companhias, com bancos passando a ter menos peso. Nenhuma ação deve sair do Ibovespa.

As próximas entrantes devem ser a Locamerica (LCAM3), a Copel (CPLE6) e a JHSF (JHSF3), com pesos de 0,46%, 0,44% e 0,11% respectivamente, nas estimativas do banco.

“O Ibovespa, historicamente um índice altamente concentrado (ou seja, com um punhado de empresas representando mais da metade do índice), está no meio de um processo saudável de desconcentração”, disseram os analistas do BTG, em relatório.

Eles lembram que há um ano, das 71 ações do Ibovespa, as oito primeiras representavam 50% do índice. No entanto, após o novo rebalanceamento, o índice contará com 80 ações, com 10 ações passando a representar 50%.

Os papéis da B3 (B3SA3) estão entre os que devem ter maior peso, passando de 4,78% a 5,47%. Entre os setores, os de locadoras de veículos e os de energia estão entre os que ganharão mais empresas no Ibovespa.

Por outro lado, a participação de bancos cairá 0,65 ponto percentual devido aos pesos menores do Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4 e BBDC3).

O BTG também fez estimativas para os rebalanceamentos de 21 de maio e 21 de setembro. Além dos três novos participantes em janeiro, em abril mais três empresas devem ingressar no Ibovespa: Alpargatas (ALPA4), Locaweb (LWSA3) e Eneva (ENEV3). A Light (LIGT3) e Duratex (DTEX3) provavelmente entrarão no índice em setembro.

Dessa forma, o índice atingirá 85 empresas em setembro de 2021. “Se compararmos os números de hoje com os vistos apenas três anos atrás, vemos que cerca de 20 empresas aderiram ao índice desde então”, destacaram.