Harker do Fed apoia redução de estímulos “mais cedo do que tarde”

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Foto: Larry Cole / freeimages.com

São Paulo – O presidente da unidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) da Filadélfia, Patrick Harker, disse que apoia a redução das compras de ativos “mais cedo do que tarde”, citando que a aceleração da inflação pode não ser tão transitória.

“Eu apoio o tapering mais cedo do que tarde”, apesar do potencial dano da variante Delta do novo coronavírus à economia, disse ele, em entrevista à “CNBC. Para Harker, as compras de ativos mensais de US$ 120 bilhões estavam “não estão fazendo muito agora”.

Segundo Harker, em termos de inflação, a média está acima da meta de 2%. “Há fatores transitórios, mas também há algumas evidências de que podem não ser tão transitórios, e isso é um risco com o qual estamos estamos preocupados”.

Já o motivo da meta de pleno emprego não ter sido alcançada “claramente não é demanda”, e sim um problema de oferta. “Isso a política monetária não pode afetar realmente”. Ele afirmou que não se trata de “falta de acomodação do Fed”, e que o mercado de trabalho estava apertado mesmo antes da pandemia.

Por fim, Harker disse apoiar primeiro “concluir o tapering antes de considerar elevar a taxa básica de juro”, levando os dados em consideração. “Não sei quando será isso, tendo a achar que será no final de 2022, ou 2023”. Harker não é um membro votante no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Outros membros do Fed defenderam a redução de compra de ativos ainda este ano. Parte dos membros do comitê de política monetária defendeu na reunião de julho que essas reduções começassem pelas hipotecas citando o aquecimento do mercado imobiliário norte-americano.