FMI aprova alocação histórica de US$ 650 bi em SDR para aumentar liquidez na pandemia

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A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. (Foto: Stephen Jaffe/FMI)

São Paulo – O conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou uma alocação geral de Direitos Especiais de Saque (SDRs, na sigla em inglês) no montante de US$ 650 bilhões, ou cerca de 456 bilhões de SDRs para aumentar a liquidez global.

“Esta é uma decisão histórica – a maior alocação de SDRs na história do FMI e um impulso para a economia global em um momento de crise sem precedentes. A alocação de SDR beneficiará todos os membros, atenderá às necessidades globais de longo prazo por reservas, criará confiança e promoverá a resiliência e estabilidade da economia global. Isso ajudará particularmente nossos países mais vulneráveis ​​que lutam para lidar com o impacto da crise da covid-19”, disse a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.

A alocação geral de SDRs entrará em vigor no próximo dia 23 de agosto e será creditada aos membros na proporção de suas cotas existentes no Fundo. Com isso, cerca de US$ 275 bilhões ou 193 bilhões de SDRs irão para mercados emergentes e países em desenvolvimento, incluindo países de baixa renda.

“Também continuaremos a nos envolver ativamente com nossos membros para identificar opções viáveis ​​para canalização voluntária de SDRs dos membros mais ricos para os mais pobres e mais vulneráveis ​​para apoiar a recuperação da pandemia e alcançar um crescimento resiliente e sustentável”, afirmou Georgieva.

O FMI também está explorando outras opções para ajudar os países mais pobres e vulneráveis ​​em seus esforços de recuperação. Um novo Fundo de Resiliência e Sustentabilidade pode ser considerado para facilitar um crescimento mais resiliente e sustentável a médio prazo, de acordo com o FMI.