São Paulo – As exportações brasileiras de carne de frango in natura e processados totalizaram 349,1 milhões de toneladas em janeiro, 19,7% acima em comparação a janeiro de 2021, que ficou em 291,6 milhões de toneladas, informou hoje a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em receita, houve elevação de 42%, com US$ 616,9 milhões,
contra US$ 434,4 milhões em janeiro de 2021.
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o mercado internacional de produtos avícolas tem enfrentado a forte pressão da alta dos custos dos insumos, o que é refletido nos preços mais elevados. Santin explica que o preço médio das exportações brasileiras neste mês foi 18,6% superior, o que ajudou a diminuir a forte pressão gerada pelos custos do milho e da soja, além de outros insumos que encareceram no mercado brasileiro.
“O ponto positivo é que, mesmo diante do preço mais caro, a carne de frango brasileira segue fortemente demandada graças a atributos como a qualidade dos produtos e o fato do Brasil ser o único grande exportador livre de Influenza Aviária”, detalhou Santin.
A China continua como principal importador e, em janeiro, importou 48,3 toneladas, ou seja, 4,6% a mais que em dezembro. O grande destaque, entretanto, é o segundo maior, que agora é ocupado pelos Emirados Árabes Unidos. O país importou 42,8 mil toneladas, número 96,6% maior do que o registrado no mesmo período de 2021.
Outro mercado que aumentou as suas importações é a União Europeia (+53,5%), com 18,1 mil toneladas. Também foram destaques as Filipinas, com 11,4 mil toneladas (+339,4%), Coreia do Sul, com 10 mil toneladas (+94%) e Rússia, com 9,2% (+100%).
Luís Rua, diretor de Mercados da ABPA, afirma que a questão sanitária também está ditando o comportamento do mercado internacional para o Brasil. Países da Europa, Ásia e África vêm enfrentando focos da enfermidade e há uma situação crítica instalada, em especial, em nações da União Europeia.
“O fato de nunca termos registrado Influenza Aviária no país tem sido um diferencial competitivo, reforçando a posição brasileira como porto seguro para a demanda mundial de carne de frango”, destaca Rua.
