Eletrobras confirma contratos de compra e venda de energia elétrica com Grupo Delta

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Foto: Divulgação/Eletrobras/Claudio Ribeiro

São Paulo, SP – A Eletrobras confirmou, nesta quarta-feira (28), em resposta à interpelação judicial promovida pela Associação Brasileira de Investidores (Abradin) em face da companhia e da comercializadora de energia Delta, que entre 1 de abril e 3 de julho de 2023, período em que o executivo João Carlos Guimarães atuou como vice-presidente de comercialização da Eletrobras, foram firmados contratos de compra e venda de energia elétrica com sociedades ou fundos geridos pelo Grupo Delta.

A companhia informou, ainda, que como esses contratos possuem cláusulas de proteção á confidencialidade das condições comerciais, a companhia não irá divulgar dados adicionais sobre a questão.

A interpelação também pediu esclarecimentos, com a devida apresentação de documentos comprobatórios, se existe auditoria ou investigação em andamento sobre esses contratos para verificar se houve algum tipo de direcionamento ou favorecimento do Grupo Delta.

Em resposta, a Eletrobras disse que “como padrão, os contratos de compra e venda de energia no mercado livre firmados pelas Empresas Eletrobras possuem cláusula de confidencialidade envolvendo as condições comerciais”; e que “as condições comerciais existentes nos contratos firmados possuem natureza confidencial e fazem parte do sigilo
empresarial, sendo certo que sua divulgação põe em risco a competitividade da Companhia” e que a “a atividade de auditoria interna, por natureza, possui natureza sigilosa.”

Em julho de 2023, Guimarães começou a ser investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por supostas fraudes envolvendo empresas de comercialização de energia. Na época, foi divulgado que haviam indícios de operações simuladas que teriam gerado ganhos a dois fundos de investimentos ligados ao Grupo Delta Energia e que tiveram como lastro operações de compra e venda de energia no mercado livre,