Economia deve crescer mais rapidamente no segundo trimestre, diz primeiro-ministro da China

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Foto: Freeimages.com/ Martin Boulanger

São Paulo – Em um discurso durante a cúpula do Fórum Econômico Mundial em Tianjin nesta terça-feira (27), o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, revelou planos para impulsionar o crescimento econômico da China no segundo trimestre. Ele enfatizou que o país está se preparando para atingir um crescimento mais robusto, superando o desempenho registrado nos primeiros três meses deste ano.

“O crescimento econômico da China no segundo trimestre será maior do que no primeiro trimestre e estamos confiantes de que alcançaremos nossa meta anual de crescimento econômico de cerca de 5%”, afirmou Li Qiang. Essa declaração despertou expectativas renovadas entre investidores e analistas sobre a recuperação econômica do país.

No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora o crescimento econômico tenha sido positivo, o ímpeto diminuiu nos últimos meses, levantando preocupações sobre a estabilidade da recuperação pós-pandemia.

Para impulsionar o crescimento, Li Qiang prometeu a implementação de medidas práticas e eficazes. Ele destacou a importância de “expandir o potencial da demanda doméstica, ativando a vitalidade do mercado e promovendo um desenvolvimento coordenado”. Além disso, enfatizou o compromisso da China em “acelerar a transição verde e abrir partes ‘de alto nível’ de sua economia para o mundo exterior”.

Essa declaração do primeiro-ministro surge em meio às preocupações de alguns analistas e grandes bancos, que reduziram suas previsões para o PIB chinês para 2023. No entanto, Li Qiang expressou confiança de que as medidas de estímulo e os esforços para promover o desenvolvimento sustentável impulsionarão a recuperação econômica do país.

A China, que enfrenta tensões comerciais com os Estados Unidos e críticas ocidentais sobre direitos humanos, busca uma posição de destaque na economia global. Li Qiang reiterou a posição de seu país em se opor à “politização artificial das questões econômicas e comerciais”, enfatizando a importância da comunicação eficaz entre as nações para evitar mal-entendidos.

Além disso, o primeiro-ministro chinês procurou tranquilizar os líderes empresariais chineses e estrangeiros, garantindo-lhes que o governo continuará a apoiar a presença de empresas estrangeiras no país. Ele mencionou melhorias nas políticas de aquisição governamental de medicamentos e disse estar ciente sobre as preocupações das empresas estrangeiras sobre os novos regulamentos de gerenciamento de dados.