DF e 18 estados vão ter teste de integridade das urnas eletrônicas com biometria no dia da votação

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O teste de integridade das urnas eletrônicas com biometria será realizado em 18 estados e no Distrito Federal. O anúncio foi feito, nesta quinta-feira, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, durante a simulação do uso da biometria no teste de integridade.

Segundo Moraes, o projeto-piloto terá um total de 56 urnas eletrônicas, o que dá 8,74% dos 641 equipamentos que serão testados nas eleições de 2022. O teste de integridade visa avaliar se o voto depositado pelo eleitor é computado corretamente.

“Nas 583 urnas restantes nessas faremos normalmente o teste de integridade com é feito desde 2022”, afirmou o ministro, acrescentando que o teste de integridade vem “mantendo a lisura das eleições” no país.

O uso da biometria foi sugerido pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ao TSE. Na última terça-feira, o plenário do Tribunal aprovou a resolução que prevê o projeto-piloto do teste de integridade. “Vamos verificar se [o uso da biometria] vai melhorar o teste de integridade. Vamos verificar se vale a pena ampliar para todas as sessões”, disse o presidente do TSE.

O projeto-piloto será implementado no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins.

Segundo o TSE, no projeto-piloto, o eleitor vai liberar a urna com sua biometria depois de votar. A participação é voluntária e o eleitor não vai votar pela segunda vez para não quebrar o sigilo do voto. Tampouco, conforme o Tribunal, haverá comparação entre o boletim da urna verdadeira e o resultado da urna do teste.

O teste de integridade é realizado com a participação de fiscais dos partidos políticos, servidores da Justiça Eleitoral e equipes das empresas de auditoria contratadas. No sábado que antecede a votação, as urnas sorteadas ou indicadas pelos partidos políticas são retiradas para o teste de integridade.

Cédulas de papel são preenchidas pelos fiscais e depositadas em uma urna de lona, que é lacrada até o dia seguinte. Durante o processo eleitoral os votos preenchidos manualmente são lidos e digitados nas urnas eletrônicas. Ao final da votação, é feita a comparação entre as cédulas de papel e o boletim das urnas.