Desocupação cai a 11,2% até fevereiro no Brasil; previsão era 11,35%

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Foto: Secretaria de Trabalho/DF

 
São Paulo, 31 de março de 2022 – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 11,2% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, abaixo do observado no período imediatamente anterior (11,6%), referente aos meses de setembro a novembro de 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
O resultado ficou levemente abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +11,35%, conforme o Termômetro CMA.
 
Na comparação com o mesmo período anterior, referente ao período de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, quando estava em 14,6%, o índice desacelerou-se, segundo o IBGE.
 
No fim de fevereiro, a população desocupada somava 12 milhões de pessoas, caindo 3,1% em relação ao trimestre terminado em novembro, e diminuiu 19,5% no confronto com igual trimestre de 2020.
 
A população ocupada totalizou 95,2 milhões, crescendo 9,1% em relação ao trimestre anterior (7,9 milhões de pessoas a mais) e 9,8% (8,5 milhões de pessoas a mais) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre dezembro e fevereiro, o nível de ocupação chegou a 55,2%, alta de 1,5 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre móvel anterior, e de 4,1 pontos percentuais (pp) na comparação com o mesmo trimestre de 2021.
 
Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 23,5%, registrando queda de 1,5 pp em relação ao trimestre entre setembro e novembro, assim como teve retração de 5,7 pp na comparação com igual período de 2021.
 
Segundo o IBGE, a população subutilizada somava 27,3 milhões no fim de fevereiro, o que representa quedas de 6,3% ante o trimestre anterior e 17,8% na comparação com o mesmo período de 2021.
 
Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 65,3 milhões de pessoas, o que representa alta de 0,7% frente ao trimestre anterior e queda de 5,0% em relação ao mesmo trimestre no ano passado. Já a população desalentada foi a 4,7 milhões de pessoas, mantendo-se em relação ao trimestre anterior, e com queda de 20,2% no confronto anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 40,2% da população ocupada (38,3 milhões de pessoas).
 
Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.511 entre dezembro e fevereiro, o que significa estabilidade em relação ao trimestre anterior e queda de 8,8% ante igual período de 2021.
 
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em fevereiro foi estimada em R$ 231,4 bilhões, estável ante mesmo período em 2021.
 
Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 107,2 milhões de pessoas, estável em relação ao trimestre móvel de setembro a novembro de 2021 e aumento de 4,9% (5 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.
 
Entre os grupamentos de atividades, o IBGE reforça que houve alta trimestrais em Outros serviços (4,0%, ou 189 mil pessoas) e redução em Construção (-3,5%, ou 261 mil pessoas).
 
No confronto anual, houve aumento em Indústria geral (8,8%, ou 995 mil pessoas), Construção (13,1%, ou 840 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+11,9%, ou mais 2,0 milhão de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (8,0%, ou mais 361 mil pessoas), Alojamento e alimentação (25,6%, ou mais 1,1 milhão de pessoas), Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (5,7%, ou mais 613 mil pessoas), Outros serviços (15,2%, ou 652 mil pessoas) e Serviços domésticos 21,0%, ou mais 992 mil pessoas).
 
Paulo Holland / Agência CMA
 
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