CSN tem lucro líquido de R$ 1,36 bilhão, queda de 76% no 1° trimestre

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Divulgação/CSN

São Paulo – A CSN divulgou ontem o balanço do primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 1,36 bilhão, recuo de 76% em relação ao mesmo período de 2021, e crescimento de 29% em comparação ao último trimestre do ano passado.

O Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 4,71 bilhões, queda de 19%. A margem Ebitda ajustada ficou em 39%, 9,6 pontos percentuais abaixo da registada no primeiro trimestre de 2021, e alta de 4,2 pontos percentuais em relação ao último trimestre de 2021.

“Esse aumento de rentabilidade é consequência direta do forte desempenho alcançado no segmento de mineração com a apreciação do minério de ferro durante o período, que acabou por compensar o maior volume de chuvas e os custos elevados de algumas matérias-primas, como o carvão e o coque”, diz a CSN.

A receita líquida somou R$ 11,7 bilhões, baixa de 1,2%, na comparação com o primeiro trimestre de 2021. Mas uma alta de 13,6% na comparação com o quarto trimestre de 2021.

No relatório, a companhia diz que o resultado “é consequência da melhora do segmento de mineração que apresentou forte recuperação de preço realizado no período, além de maiores volumes vendidos do mercado siderúrgico”.

O fluxo de caixa ficou negativo em R$ 2,5 bilhões devido, principalmente, por variações pontuais no capital de giro e desembolsos maiores com IR/CS, reflexo do ajuste anual nos segmentos de mineração e siderurgia.

O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 7, 28 bilhões, aumento de 10,3% em relação ao último trimestre de 2021 e 18% na comparação com o primeiro trimestre de 2021. Segundo a CSN, o aumento de custos foi consequência da alta de preços de algumas matérias primas como o carvão e o coque, além da menor diluição de custos fixos na mineração com a queda no volume produzido.

Apesar do aumento nos custos, a margem bruta atingiu 38% no primeiro trimestre de 2022 e foi 1,8 p.p. superior à registrada no último trimestre de 2021, como resultado da forte recuperação de preços observada no segmento de mineração. Por outro lado, quando comparado com o mesmo período de 2021, houve retração de 22% no lucro bruto, o que reflete não apenas as dificuldades operacionais verificadas no trimestre com um volume de chuvas acima do normal, mas também custos mais altos na comparação anual.

A dívida líquida chegou a R$ 18,6 bilhões com uma alavancagem de dívida líquida sobre Ebitda em 0,89 vez, abaixo do teto de 1 vez estabelecido pela CSN.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 1,12 bilhão, o que representa um aumento de 145% em relação ao último trimestre de 2021, como consequência dos maiores custos da dívida e da desvalorização das ações da Usiminas no final do trimestre.

Os investimentos chegaram a R$ 701 milhões no primeiro trimestre de 2022, 27,3% inferior aos R$ 965 milhões investidos no último trimestre de 2021, reflexo da sazonalidade do período. Entre os principais investimentos realizados, destacam-se o avanço nos projetos de expansão da mineração, com os projetos de filtragem de rejeito e de expansão do porto, além de reparos nas operações de siderurgia e nas baterias de coque da UPV.

CSN MINERAÇÃO

O lucro líquido da CSN Mineração no primeiro trimestre de 2022 subiu 5,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 739 milhões. Em relação ao trimestre anterior, a alta foi de 5,1 %.

Já o EBITDA Ajustado atingiu R$ 2,415 bilhões no primeiro trimestre de 2022, com margem EBITDA trimestral de 62,9% ou 27,2 p.p. superior à registrada no último trimestre de 2021.

A receita líquida ficou em R$ 3,8 milhões, alta de 61,2% ante o quarto trimestre de 2021, como resultado da forte realização de preços que acabou por compensar o menor volume de vendas.