Credit Suisse muda recomendação da BRF para compra e eleva preço-alvo;ação sobe

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Foto Divulgação/BRF

São Paulo – A ação da BRF (BRFS3) estava entre as maiores altas do Ibovespa, subindo 2,27%, a R$ 22,93 por volta das 15h20 (horário de Brasília), em meio a forte queda do índice (-1,50%).
Para a Ativa Investimentos, a elevação ocorre após a elevação de recomendação por uma casa de analise.
O Credit Suisse atualizou a avaliação da BRF para “outperform” (equivalente à compra), de neutra, e aumentou o preço-alvo para os próximos 12 meses para R$ 30,00, de R$ 22,00, para incorporar os últimos resultados da companhia, mudanças recentes nos preços de grãos e novos custos de ativos assumidos. A nova avaliação considera um rendimento de 30% de uma potencial valorização.
“Estamos revisando para cima nossas estimativas para 2021 e 2022 em 14% e 20%, respectivamente. Os números do ebitda ajustado também foram revisados para cima para R$ 5,3 bilhões para 2021 e R$ 6 bilhões para 2022, considerando um custo de capital próprio de 13% em reais para derivar nosso preço-alvo de R$ 30 por ação. Em nossa estimativa mais otimista, vemos a ação em R$ 34, e na pessimista, em R$ 15, por conta da fraca demanda no mercado interno e forte valorização do real”, explica o analista Victor Saragiotto, em relatório divulgado ontem (4).
O banco suíço considera um cenário de custos ainda desafiador nos próximos trimestres, o que deve impactar os lucros da companhia, mas considera que o preço atual das ações como um bom ponto de entrada, considerando sua execução bem-sucedida e expectativa de melhores resultados.
“Por fim, negociando a um múltiplo de 6x EV/ebitda, a ação BRFS3 é uma das mais baratas do setor de alimentos do mundo, o que ajuda a apoiar nossa postura positiva sobre a tese de investimento”, acrescenta.
Entre os riscos para o investimento, o analista destacas uma potencial valorização do real, uma recuperação morna da demanda interna, intensificação do ambiente competitivo e excesso de oferta de aves no Brasil.