São Paulo – A Cosan divulgou na noite de sexta-feira (13) o balanço do primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido ficou em R$ 510,2 milhões, queda de 38,4% na comparação com o mesmo período do ano passado
O relatório afirma que o resultado é reflexo do aumento nas despesas financeiras em todos os negócios, seguindo o aumento da taxa de juros, e o resultado operacional inferior da Raízen. “Esses efeitos foram parcialmente compensados pela melhora do desempenho operacional da Compass e da Rumo”, explicou a companhia.
O Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 2,7 bilhões, crescimento de 4,8%. O resultado positivo vem, principalmente, do melhor desempenho operacional da Rumo, impulsionado pela expansão dos volumes transportados, e da Compass, sustentado pela contínua evolução da Comgás e pelo início da consolidação da Sulgás, compensaram a menor concentração de vendas de Renováveis e Açúcar no trimestre que encerra a safra 2021/22 para a Raízen.
A receita líquida somou R$ 34.7 bilhões, avanço de 54,2%. A companhia reportou consumo de caixa de R$ 1,9 bilhão, melhora de 50%. A Raízen atingiu Ebitda ajustado pró-forma de R$ 1,8 bilhão, recuo de 30%, reflexo principalmente do menor volume vendido de Renováveis e Açúcar.
Os investimentos, em base pró-forma, totalizaram R$ 2,6 bilhões, avanço de 37%, em função principalmente do aumento nos dispêndios pela Raízen (+2x). Este incremento é explicado pela incorporação do CAPEX da Biosev, inflação nos insumos e investimentos em projetos diversos, incluindo o início da construção da nova planta de etanol de segunda
geração (E2G) e o CAPEX de adequação da qualidade dos produtos na refinaria da Argentina, com objetivo de reduzir as emissões.
O custo da dívida bruta totalizou R$ 67 milhões, alta de 56%, impactado pelo aumento do CDI e do saldo de endividamento bruto, efeitos parcialmente compensados pela variação cambial na parcela não protegida do Bônus Perpétuo e pelo efeito positivo da marcação a mercado do Total Return Swap.
