Controle total de Foz de Areia pela Copel depende de provável privatização

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São Paulo – Nessa semana, foi anunciado pelo governo do estado do Paraná de seus planos de privatizar a Copel. Logo depois, a empresa apresentou seu Plano Estratégico 2030 Plan, quando declarou seu objetivo de se tornar uma das maiores empresas elétricas integradas do Brasil concessionárias, alcançando posição relevante nos quatro segmentos em que atua: geração, distribuição, transmissão e comercialização, e mantendo o foco na descarbonização, integração com escala e disciplina de capital. A recomendação do BTG Pactual é de compra e o preço-alvo é de R$7,70.

Apesar de não detalhar os ganhos de eficiência em caso de privatização e a momento de tal processo, diz o BTG, o CEO Daniel Slaviero mencionou que o projeto de lei já foi encaminhado à Câmara dos Deputados do estado (ALEP) e também será submetido à aprovação do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

No final de outubro, o Ministério de Minas e Energia do Brasil definiu as condições para a Renovação da concessão de Fozde Areia (1,67GW), ativo de geração nº 1 da Copel, com R$ 1,83 bilhão taxa mínima de concessão e renovação de 30 anos condicionada à transferência de controle para a iniciativa privada. “Já está definido leilão para Copel vender pelo menos 50,1% de Foz do Areia até o 4T23, mas a venda não será necessária caso a Copel seja privatizada. Nesse caso, seria reter 100% deste ativo principal”, disse o BTG.

A Ativa Investimentos acredita que as ações da Copel já reagiram positivamente às últimas notícias, mas ainda têm potencial para evoluir em função de sua possível privatização porque ainda estariam sendo negociadas com desconto considerável frente aos pares privados. Os analistas consideram, ainda, que existe espaço para a obtenção de maior eficiência operacional com o processo.

Outro benefício, eles retomam, é que uma vez tornada corporation, a companhia não precisará alienar a metade de sua participação na Usina Foz do Areia, ativo que representa um terço de sua capacidade instalada em geração e que cuja capacidade de geração de valor foi recalculada.

“De uma maneira geral, vemos Copel sendo negociada atualmente a 1,2 Ev/RAB, razão em linha com a sua média histórica e que ainda não contempla os eventuais benefícios de um avanço no processo supracitado, quando não haveria motivos para a companhia não ser transacionada mais próxima de seus pares privados, a pelo menos 1,5x Ev/RAB.”