Conselho da Petrobras aprova pagar R$ 87,8 bilhões em dividendos

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Foto: Divulgação/Petrobras

São Paulo – O conselho de administração da Petrobras informou a pouco que aprovou, em reunião realizada hoje, o pagamento de distribuição de dividendos no valor de R$ 6,732003 por ação preferencial e ordinária em circulação, totalizando R$ 87,8 bilhões, a serem pagos em duas parcelas.

Os pagamentos serão feitos aos detentores de ações de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e american depositary receipts (ADRs, recibos de ação de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Valores de Nova York) em 11 e 15 de agosto.

A primeira parcela, no valor de R$ 3,366002 por ação preferencial e ordinária em circulação, será paga em 31 de agosto, e a segunda parcela, no valor de R$ 3,366001 por ação preferencial e ordinária, será paga em 20 de setembro. Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 8 de setembro e 27 de setembro, respectivamente.

A primeira parcela de pagamento será realizada da seguinte forma: dividendos, de R$ 2,938861 por ação preferencial e ordinária em circulação; e juros sobre capital próprio de R$ 0,427141 por ação preferencial e ordinária em circulação. Já a segunda parcela será integralmente paga sob a forma de dividendos.

Importante ressaltar que esses proventos serão abatidos dos dividendos a serem aprovados na Assembleia Geral Ordinária de 2023 relativos ao exercício de 2022, sendo seus valores reajustados pela taxa Selic desde a data do pagamento de cada parcela até o encerramento do exercício social corrente para fins de cálculo do abatimento.

“O dividendo proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a Companhia poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos). Além disso, a Política também prevê a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, desde que sua sustentabilidade financeira seja preservada”, disse a Petrobras, em fato relevante.

“A aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazo e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural ”

“Vale destacar que no Plano Estratégico 2022-26 os projetos de investimentos solicitados pelas áreas de negócio foram atendidos por apresentar boa resiliência e por serem suportados pela geração de caixa operacional e o fluxo de desinvestimentos, sem efeitos adversos na alavancagem. Portanto, não existem investimentos represados por restrição financeira ou orçamentária e a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar os acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa”, explicou.