Comissão Europeia revisa alta do PIB da eurozona de 4,8% para 5,0% este ano

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Sede da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), em Bruxelas. Foto: Divulgação/ Serviço Audiovisual da UE

São Paulo – A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), prevê crescimento de 5,0% na economia da zona do euro este ano, uma revisão para cima após a expectativa anterior, divulgada em julho, de avanço de 4,8%.

Para 2022, a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) da eurozona foi revisada para baixo, de 4,5% para 4,3%, enquanto para 2023 a previsão é de expansão de 2,4%. Com relação à UE, a previsão passou de 4,8% para 5,0% para este ano; de 4,5% para 4,3% para 2022 e é de 2,5% para 2023.

“A economia da UE está se recuperando vigorosamente da recessão pandêmica. Como campanhas de vacinação progrediu e as restrições começaram a ser retiradas gradativamente, o crescimento econômico foi retomado na primavera [do Hemisfério Norte]”, diz a UE, em seu relatório de projeções econômicas trimestrais.

“Os principais motores de crescimento estão definidos para estar no lado da procura interna”, segundo o documento, citando melhorias no mercado de trabalho e na confiança do consumidor, bem como nos investimentos, além do apoio fiscal de políticas acomodatícias.

Por outro lado, a economia da zona do euro enfrenta desafios no lado da oferta. “Gargalos e interrupções no fornecimento global estão cada vez mais pesando sobre a atividade na UE, em particular no seu setor industrial altamente integrado”.

A UE destacou a escassez de matérias-primas e componentes intermediários, notavelmente semicondutores, bem como escassez de mão de obra. “Um aumento acentuado dos preços da energia, especialmente para gás natural, foi adicionado à lista de fatores contrários para as perspectivas econômicas”.

Assim, em 2022, as forças propulsoras da reabertura devem desaparecer, enquanto os gargalos de oferta diminuem e os preços da energia diminuem. “O crescimento deve ser apoiado por um mercado de trabalho em melhoria, economias ainda elevadas, condições de financiamento favoráveis e a plena implantação do mecanismo de Recuperação e Resiliência”.