Comissão Europeia revê para cima previsão de crescimento, para 0,9% em 2023

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A Comissão Europeia divulgou hoje (13) o boletim Previsões Econômicas de Inverno, que eleva para 0,8% o crescimento do PIB em 2023 na União Europeia e 0,9% para a zona do euro.

“Os desenvolvimentos favoráveis desde as previsões de outono melhoraram as perspectivas de crescimento para este ano. A diversificação contínua das fontes de abastecimento e uma queda acentuada no consumo deixaram os níveis de armazenamento de gás acima da média sazonal dos últimos anos, e os preços do gás no atacado caíram bem abaixo dos níveis pré-guerra”, informa o relatório.

A taxa de desemprego vem se mantendo baixa ao longo dos últimos meses, se mantendo em uma mínima histórica de 6,1%. “A confiança está melhorando e as pesquisas de janeiro sugerem que a atividade econômica também deve evitar uma contração no primeiro trimestre de 2023”.

Mas ainda há dificuldades a serem transpostas. “Consumidores e empresas continuam enfrentando altos custos de energia e o núcleo da inflação ainda estava subindo em janeiro, corroendo ainda mais o poder de compra das famílias. Com a persistência das pressões inflacionárias, o aperto monetário deve continuar, e deve pesar sobre a atividade empresarial e exercendo um peso sobre o investimento”.

O boletim também traz uma redução nas previsões de inflação, que chegou a 10,6% em outubro de 2022 e caiu para 8,5% na zona do euro em janeiro. Agora, a Comissão prevê que o índice de preços ao consumidor fique em 6,4% em 2023 e 2,8% em 2024.

Ainda assim, a Comissão antevê riscos para o aumento da inflação. A demanda doméstica pode ser maior do que a projetada se as recentes quedas nos preços do gás no atacado repercutirem mais fortemente nos preços ao consumidor e o consumo se mostrar mais resiliente. “No entanto, uma possível reversão dessa queda não pode ser descartada no contexto de contínuas tensões geopolíticas. A demanda externa também pode se tornar mais robusta após a reabertura da China o que pode, no entanto, alimentar a inflação global”, informa o documento.