China depende da oferta de carne bovina do Brasil, diz BTG sobre caso de “vaca louca”

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

São Paulo – O BTG Pactual considera que não deve ser grande o impacto nas exportações de carne bovina, por conta do caso atípico de Encefalopatia Espongiforme (também conhecida como doença da vaca louca) encontrada no interior do Pará nesta semana.E mantém a Minerva como principal escolha entre as proteínas.

Isso porque ao longo dos anos, as exportações brasileiras de carne bovina se expandiram significativamente, a um ponto em que o Brasil torna-se importante demais para ser ignorado. De acordo com o BTG, o USDA vê as exportações brasileiras de carne bovina como representante de 24% do comércio global de carne bovina. Na China, a carne bovina brasileira responde por 41% das importações de carne bovina e 11% da demanda total de carne bovina.

“Portanto, consideraríamos qualquer fragilidade importante no preço das ações, principalmente da Minerva, que é considerado como o nome mais impactado, como uma oportunidade de compra. Também somos Compradores da JBS, e permanecemos Neutros em ações da Marfrig e BRF, explica o BTG

“Em conversas recentes com representantes da indústria, ficamos sabendo que os estoques locais de carne bovina na China estão próximos baixos. Portanto, não vemos a China – assim como muitos dos parceiros comerciais de carne bovina do Brasil – como capaz de deixar de lado o abastecimento de carne brasileira por muito tempo.”

Isso reforça a visão que a China retomará as importações relativamente rápido. funcionários do governo brasileiro, incluindo o presidente, devem visitar as autoridades chinesas no final de março.

Nesse sentido é que esta oportunidade, quando funcionários do maior exportador de alimentos do mundo visitam o maior importador de alimentos do mundo, viria a calhar para anunciar o fim da embargo, conclui o BTG.