Cemig investirá investir R$ 3,9 bilhões em 2022, 82% em distribuição

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Edificio Sede Cemig. Divulgação Cemig.

São Paulo – A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) reiterou seu plano de investir R$ 22,5 bilhões nos próximos cinco anos e de vender participações em ativos que considera não estratégicos ou fora de sua área de concessão em Minas Gerais.
O plano prevê crescimento de 1,5 GW em distribuição. Em 2022, a companhia prevê investir R$ 3,9 bilhões com foco principalmente em distribuição (R$ 3,2 bilhões). “A Cemig tem três projetos robustos: o Minas Trifásico, para ampliar a rede que é majoritariamente monofásica; Minas LED, para substituição de lâmpadas e investimentos em expansão da rede em nossa área de concessão, que é do tamanho da França e muito pulverizada”, explicou a superintendente de relações com investidores da Cemig, Carolina Senna, em entrevista à Agência CMA.
Em 2021, a empresa investiu 2,1 bilhões, 29,5% acima de 2020, que foi abaixo do previsto, devido a impactos da pandemia à cadeia de suprimento, que postergou a entrega de equipamentos como transformadores e painéis solares, por exemplo.
“Estamos conseguindo gerar caixa para fazer esses investimentos”, disse Reynaldo Passanezi Filho, presidente da Cemig, na teleconferência de resultados do quarto trimestre realizada na tarde desta quarta-feira.
A companhia concluiu a venda de 22,6% de participação na Light por R$ 1,4 bilhão, está concluindo a da Renova por R$ 60 milhões e que vai vender a participação na Gasmig, de cerca de 49%. Os recursos serão utilizados em seus investimentos corporativos no estado de Minas Gerais, disse o diretor de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Leonardo George de Magalhães.
O resultado final da Gasmig está para ser publicado, mas aguarda revisão da Wacc (sigla em inglês para Custo Médio Ponderado do Capital), disse o diretor da CemigPar, Maurício Dall’Agnese.
Em relação ao processo de arbitragem da usina de Santo Antônio, a companhia disse que em fevereiro houve uma sentença no âmbito do processo mas que o procedimento não foi concluído. O processo corre em caráter de confidencialidade no tribunal arbitral e não há previsão de conclusão, informaram os executivos na teleconferência de resultados do quarto trimestre.
Em seu balanço do quarto trimestre, a companhia fez uma provisão de R$ 161 milhões, reportando impacto negativo de R$ 204 milhões e zerou o investimento no ativo após decisão desfavorável na arbitragem movida por Santo Antônio contra o consórcio construtor da usina, devido a atraso na obra. A participação da Cemig na usina era de 15,5% em dezembro de 2021.